sexta-feira, 15 de junho de 2018

Reajuste de servidores será pago sem atraso, diz secretário


Por Izabela Jornada e Bruna Aquino

Servidores receberão reajustes salariais sem atraso com retroativo ao mês de maio e projeto para demais categorias deverá ser enviado na semana que vem, para Câmara Municipal de Campo Grande, pelo secretário de Finanças do município, Pedro Pedrossian Neto. O secretario revelou as informações durante evento do sorteio do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) que ocorreu na manhã desta sexta-feira (15).

Pedrossian disse que os acordos com a classe médica e a categoria dos professores já foram firmados. “A educação foi 6,81% dividido mais 1% no final do ano para o piso 20 (20 horas semanais)”, declarou o secretário.

Além dos professores, a categoria dos médicos também teve acordo. Os profissionais da saúde receberão 3,04% do salário base, 3,04% nos plantões e no caso do médico de 40 horas o aumento de R$1.500 mil será incorporado.

O secretário explicou porque alguns médicos vão receber os R$ 1.500 mil. De acordo com Pedrossian, eles tinham diversas rubricas, gratificação por desempenho, médico assistencial, laboratorial e diante disso, o Executivo municipal fez incorporação com toda a classe, porém, na avaliação do secretário, essa incorporação resultou em distorção.

“Vamos corrigir essa injustiça, porque têm pessoas com vínculos de 12 horas, os de 20 horas que faziam parte do Programa da Família e as pessoas que faziam 40 horas semanais”, diante dessa explicação, Pedrossian justificou que não poderiam juntar as três categorias de médicos e dividir para ter valor em comum. O resultado foi que aqueles médicos que trabalhavam 40 horas acabaram perdendo o benefício de R$ 1.500 e dividindo o valor com os que trabalhavam 12 horas, por exemplo.

O secretário também revelou o valor salarial dos médicos: os que fazem 24 horas recebem R$ 6.600 mil e os que fazem 12 horas recebem R$ 3.300 mil.

A explicação de onde o município tiraria o valor de R$ 1.500 mil para a classe médica, o secretário explicou que a maioria deles são convocados e não contratados, cerca de 60% a 70%.

“Isso significa que não são do quadro efetivo do município, então eu recolho 28% do salário deles para o INSS. Combinamos com o sindicato de fazer concurso e ao chamar esse profissionais pro quadro efetivo eu vou economizar esses 28% e agora vou começar pagar o IMPCG - Instituto Municipal de Previdência - e com isso o déficit da previdência vai diminuir”.

O secretário acredita que o Executivo municipal vai economizar mais de R$ 1,300 milhão. “Vou utilizar (o valor da economia) para valorizar os próprios médicos”, disse Pedrossian.

CLASSES
Embora o sistema seja para todos, os servidores se dividem em várias classes e três delas são representadas pelo Sindicato dos Servidores de Campo Grande (Sisem), são eles: agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, que são os ASC e os ASP, essa é uma categoria. Outra classe são os administrativos da educação e os servidores dos Centros de Educação Infantil (Ceinfs). De acordo com Pedrossian, essas três estão provavelmente com acordo fechado também.

E por último tem a chamada referência 14 que são profissionais de nível superior, porém não são médicos, nem enfermeiros. Os enfermeiros são denominados 14A e o resto 14B.

Pedrossian revelou também que as duas classes, 14A e 14B são divididas, entre elas. “De uma lado está a Associação dos Servidores da 14B e do outro tem o Sisem, os dois não se falam, não sentam na mesma mesa e representam a mesma categoria, mas acho que chegaremos em acordo sim”, disse o secretário que também revelou promessa de que o Executivo municipal propôs incorporação do abono de, aproximadamente, R$ 700,00 que será pago em 24 vezes com possibilidade de acelerar essa incorporação a 14B em dezembro deste ano. “ E 15% dessa incorporação seria a vista, 15% da incorporação do valor do abono no salário base”, explicou.

O entendimento de negociação com outras classes, como enfermagem, guarda municipal e odonto estão em conversa, garantiu o secretário. Pedrossian também negou que a odontologia está em greve. “ Odonto não está em greve, estado de greve não é greve, significa que é a ante-sala da greve, eles estão se preparando par entrar em greve”, disse o secretário.

EMHA
Sobre as autarquias, o secretário disse que cada agência decide em relação aos reajustes internos das categorias e que não precisa passar pelo prefeito da Capital, Marcos Trad (PSD). “Não tem nenhuma categoria que fixa vinculada a autarquia, a Agetran - Agência de Trânsito - por exemplo, tem gente desde 2013, 2014”, explicou.

O secretário esclareceu também a dúvida de alguns em relação a servidores da Agência Municipal de Habitação (Emha) não receberem aumento como acontece com diretores da agência. “Aí não é negociação nossa, é mudança no quadro interno, autarquia tem liberdade e recursos próprios”, reforçou.


SALÁRIO DE SECRETÁRIOS
Pedrossian declarou também que secretários do Executivo municipal, como ele, recebem R$ 11 mil mensais e que não tem aumento durante a gestão.

E na oportunidade foi mencionado que secretários de escolas era uma categoria esquecida e que teve abono dobrado. “Deu mais de R$ 700,00 para cada um dos 90 e tantos servidores”, finalizou

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