sábado, 31 de março de 2018

Cuidado com os riscos da safrinha


   Por:  -Leonardo Gottems          Foto:Arquivo





A safrinha é uma esperança de ganho extra para o produtor rural, mas é preciso ter cuidado para evitar que ela se torne uma grande dor de cabeça. Essa safra extra, que só é possível em países tropicais que apresentam clima favorável ao cultivo, inspira mais cuidados com a escolha das sementes, o clima e também as pragas.

Em primeiro lugar, o produtor deve se conscientizar de que, mesmo com os avanços tecnológicos, a segunda safra deve ser encarada como um plantio de risco. Altas temperaturas na fase de emergência das plântulas, estiagem ou excesso de chuvas durante a liberação do pólen, e ainda a quebra em função dos ventos fortes; são apenas alguns dos percalços que o agricultor pode enfrentar.

A seleção da cultivar é um fator decisivo para o êxito na safrinha, onde devem ser considerados fatores como a classe genética, o nível de resistência a doenças e o custo de produção. O pesquisador Deoclécio Domingos Garbuglio, um dos autores do boletim “Avaliação Estadual de Cultivares de Milho - Segunda Safra 2017”, explica que a aquisição de sementes pode significar mais de 20% do custo total de uma lavoura, mas que esse é o item mais importante.

“Sementes de menor custo podem gerar um ganho adicional ao final da safra, tendo em vista que a diferença de potencial produtivo das distintas classes genéticas continuará existindo, mas tende a ser menor na segunda safra”, afirma.

Além do cuidado nessa seleção, é preciso ainda respeitar a população de plantas recomendada para o material escolhido, fazer uma adubação equilibrada e monitorar a incidência de doenças, realizando o controle químico quando necessário. O monitoramento também deve ser feito para a incidência de pragas, mesmo em cultivares geneticamente modificadas, já que pode ser necessário adotar medidas adicionais de controle.

Nenhum comentário:

Postar um comentário