terça-feira, 6 de março de 2018

Antigo assessor parlamentar, Betini critica classe política do Estado

                                           Foto:Divulgação

Superintendente do Ibama-MS, ele deve pedir afastamento do cargo no dia 30 deste mês para fazer campanha oficialmente 





O Superintendente do Ibama-MS (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente em Mato Grosso do Sul), Dorival Betini (PR), criticou no fim de semana a classe política do Estado ao dizer que a população nem sempre é ouvida em épocas  de campanhas eleitorais para sugerir propostas.

Funcionário da Assembleia Legislativa licenciado, Betini foi assessor parlamentar por muitos anos do então deputado estadual Londres Machado (PR), recordista em mandatos na Assembleia – 11 no total, dos quais, 7 como presidente da Mesa Diretora.

Ele, que deve se afastar do Ibama no fim do mês, também assessorou o deputado federal Geraldo Resende (MDB-MS) e teve passagem meteórica pelo gabinete da deputada estadual Grazielle Machado (PR).

“Temos apresentado as nossas ideias para a população de Campo Grande e Mato Grosso do Sul, nessa pré-campanha, porque é interessante quando a gente sai ouvindo as pessoas, porque a classe política geralmente só fala, ela não da oportunidade para que as pessoas se manifestem, eu estou dando a oportunidade de ouvir as pessoas”, estocou em vídeo publicado em sua página no Facebook.

Além de dizer que a classe política não escuta o povo para elaborar seus projetos ao longo de mandatos eletivos, o bacharel em Direito sugeriu ao eleitor que dispense políticos tradicionais para dar lugar a pessoas novas interessadas em fazer o melhor para a população.

“Eu tenho andado muito em nosso Estado e percebo uma vontade dos eleitores de terem opção de nomes, fugir dos nomes tradicionais que existem na política, pessoas que já foram vereador, prefeito, deputado estadual e deputado federal, governador e senador voltando de novo, colocando os nomes à apreciação da população. Penso que essas pessoas já contribuíram pro nosso Estado, pro nosso país. Penso que temos que ter uma rotatividade no poder, oxigenar os nossos poderes, tanto Legislativo quanto Executivo,  e vejo que agora é a oportunidade das pessoas realmente exercitarem isso através do voto, dar oportunidade pra pessoas novas, que nunca tiveram mandato e que têm vontade de prestar serviço pro nosso pais e nosso Estado, e nesse sentido a gente se coloca como pré-candidato ao Senado”, aconselha.

TRAJETÓRIA

Vice-presidente regional do PR, partido dirigido no Estado por Londres Machado, Betini diz em sua postagem que tem serviço prestado em todo Mato Grosso do Sul.

Antes de atuar no Ibama-MS, Betini foi assessor especial da Casa Civil durante o atual governo de Reinaldo Azambuja e dirigiu a DFDA-MS (Delegacia Federal da Agricultura Familiar), cargo que assumiu em 25 de julho de 2016.

Atualmente vice-presidente regional do PR, Betini presidiu o PRP (Partido Republicano Progressista) e trouxe para Mato Grosso do Sul junto com a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), o PMB (Partido da Mulher Brasileira).

Com trânsito em várias correntes políticos, o bacharel em Direito ganhou notoriedade entre as principais lideranças estaduais por exercer um forte poder de articulação nas bases eleitorais, na interlocução com prefeitos, vices e vereadores.

Se não mudar de plano até a convenção do partido, ele deve enfrentar nas urnas os senadores Waldemir Moka (MDB-MS) e Pedro Chaves (PRB-MS), além de outros nomes que estão se articulando dentro de seus partidos em busca de espaço.

Este ano, serão disputadas as cadeiras pertencentes a Moka e a Pedro Chaves, que encerram seus mandatos. A outra, ocupada por Simone Tebet (PMDB-MS), só termina em 2022.

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