quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Senadores de MS votam a favor da intervenção federal no Rio de Janeiro


 Por LEANDRO ABREU            Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado

Os três senadores de Mato Grosso do Sul votaram a favor da intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. A votação se encerrou no fim da noite desta terça-feira (20), com 55 votos a favor, 13 contrários e uma abstenção para a matéria que deve ser promulgada agora.

Pedro Chaves (PSC), Simone Tebet (MDB) e Waldemir Moka (MDB) fizeram parte da maioria nesta noite e aprovaram a intervenção, que já tinha sido apreciada e também aprovada, na madrugada anterior, pela Câmara dos Deputados. Assim, a medida iniciada em 16 de fevereiro tem agora o aval do Congresso Nacional para seguir até o último dia de 2018.

Simone comentou sobre a votação e afirmou que a intervenção é um mal necessário. Ela entende que o Congresso Nacional deve cobrar do Executivo as medidas necessárias para combater na causa e não na consequência da violência. “Sabemos que as favelas das grandes metrópoles recebem drogas e armas que vêm das fronteiras do Brasil, por isso, vamos buscar o compromisso do Executivo para fortalecer a fronteira com a real implantação da Política Nacional de Segurança Pública. Aliás, as forças armadas têm como dever proteger a fronteira do País. Não adianta estar só nas grandes metrópoles”, afirmou em entrevista à Rádio Senado.

Durante a sessão, cinco oradores discursaram favoravelmente ao decreto, e cinco contra. Além de questões de ordem para que a votação não ocorresse, a oposição solicitou a criação de uma comissão externa temporária para fiscalizar os desdobramentos da intervenção.

Após a confirmação dos parlamentares, cabe agora ao presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE), publicar um decreto legislativo referendando o decreto e autorizando a nomeação do general Walter Braga Netto.

Enquanto estiver em vigor, ficarão paralisadas as discussões e votação de qualquer proposta de emenda à Constituição (PEC) tanto na Câmara quanto no Senado. Essa é a primeira intervenção federal em um ente federado desde a promulgação da Constituição Federal em 1988. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, estava presente no plenário do Senado durante os debates.

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