quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

'Equívoco', diz governador de SP sobre fala de Carlos Marun


FolhaPress                          Foto:Divulgação(Marcos Correa-PR)


O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) criticou nesta quarta-feira (27) a afirmação do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) de que está usando liberação de dinheiro da Caixa Econômica Federal como moeda de troca com governadores para que pressionem deputados a aprovarem a reforma da Previdência.

"Não é possível. É um equívoco", disse o presidente nacional do PSDB. "O governo [Michel Temer] tem o dever de trabalhar pela reforma, mas não pode vincular financiamento de banco público a votação de deputado. O que precisamos ter é convencimento, da população e dos deputados."

Na terça-feira (26), Marun afirmou que a liberação de recursos de bancos públicos em troca de apoio à reforma não é "chantagem", mas sim uma "ação de governo".

O protesto do paulista se somou à iniciativa de governadores do Nordeste, que enviaram também nesta quarta-feira uma carta ao presidente Temer ameaçando processar Marun e outros agentes públicos envolvidos em práticas como as mencionadas pelo ministro.

O texto assinado pelos oito governadores -seis deles de partidos de oposição- pede que Temer "reoriente seus auxiliares" com o objetivo de "coibir práticas inconstitucionais e criminosas".

Na carta, eles dizem que, caso confirmado o que chamam de "ameaça" e ato "arbitrário", não hesitarão em acionar política e juridicamente os agentes envolvidos.

Além dos governadores do PT, PCdoB e PSB -partidos de oposição-, dois políticos do PMDB, sigla de Temer, assinam o documento –Jackson Barreto (Sergipe) e Renan Filho (Alagoas). Da região, apenas o do RN, Robinson Faria (PSD), não quis assinar o documento.

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