segunda-feira, 20 de março de 2017

Carne Fraca: Agricultura exonera superintendentes investigados

                                         Gil Bueno de Magalhães e Júlio César Carneiro, funcionários do Ministério da Agricultura que foram exonerados em decorrência da operação 'Carne Fraca' da PF (Sandro Nascimento/Alep e Sindpzoo/Reprodução)

Responsáveis pelo Ministério da Agricultura no Paraná e em Goiás, os servidores são investigados por irregularidades e foram alvos da Operação Carne Fraca



Em ofício publicado na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) exonerou os superintendentes da pasta no Paraná e em Goiás, dois dos Estados onde foi deflagrada na última sexta-feira a Operação Carne Fraca. A investigação da Polícia Federal apura um esquema de corrupção envolvendo fiscais do ministério e empresas do setor agropecuário.

Em ofício, assinado pelo secretário-executivo Eumar Roberto Novacki, Gil Bueno e Júlio Carneiro, titulares no Paraná e em Goiás, respectivamente, foram afastados definitivamente dos cargos que ocupavam. Como superintendentes nos Estados, eles tinham a responsabilidade de serem os principais representantes locais do ministério.

Conforme decisão do juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal do Paraná, ambos são investigados por irregularidades, sendo que Bueno foi alvo de mandado de prisão preventiva e Carneiro, de condução coercitiva. Na sexta-feira, imediatamente após a operação, Novacki anunciou que 33 servidores da pasta tinham sido afastados e três frigoríficos fechados.

Tiveram os trabalhos interrompidos uma unidade de produção em Mineiros (GO), pertencente à gigante BRF, e duas da empresa Peccin Agroindustrial, em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (PR). Em nota, a BRF afirmou que “cumpre as normas” e tem “rigorosos processos e controles”. “A BRF assegura a qualidade e a segurança de seus produtos e garante que não há nenhum risco para seus consumidores, seja no Brasil ou nos mais de 150 países em que atua”, diz o texto. Já a Peccin Agroindustrial, procurada, afirmou que não vai se manifestar neste momento.

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