terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Capital fica sem assistência social


Portal Correio do Estado     Foto:Bruno Henrique




Além dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil), outros setores de Campo Grande vivem caos em razão da demissão de 4 mil terceirizados que atuavam na prefeitura em convênio com as instituições Omep e Seleta. Trabalho da assistência social do município está praticamente paralisado. Grupo de demitidos fez vigília nessa noite em frente ao Fórum e promete mais manifestações.

Depois da marcha por avenidas da cidade ontem, parte do grupo montou barracas e passou a noite em frente ao Fórum, na Rua da Paz. Cerca de 22 pessoas amanheceram nas barracas.

O advogado Marcio Oliveira, de 34 anos, há cinco trabalhava no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) do Centro por meio de convênio. Ele afirma que todas as unidades e também os CRAS (Centros de Referência da Assistência Social) estão fechados porque 80% dos trabalhadores desse setor eram terceirizados das duas instituições alvos de investigação.

Outro que revela a mesma situação é o motorista Valter Ferreira da Silva, de 52 anos. Há 11 anos ele trabalhava em Conselho Tutelar e afirma que praticamente todo o serviço está suspenso por conta das demissões.

SEM ABRIGO

O caos na assistência social da cidade também impacta diretamente a vida de pessoas que dependem dos serviços públicos para dormir e comer. Com o Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante (Cetremi) fechado desde sexta-feira, pessoas que dependem do serviço estão dormindo embaixo de pontilhão da BR-262, na saída da Capital para Três Lagoas.

A mesma situação ocorre no Centro da Capital, em razão de fechamento de unidade que atendia desabrigados, muitos se abrigam no espaço da antiga rodoviária.

SOLUÇÃO

Nesta terça-feira, o prefeito Alcides Bernal (PP) se reunirá com o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), João Maria Lós, para viabilizar liberação de R$ 30 milhões retidos em contas judiciais.

O valor que inicialmente o prefeito afirmou que usaria para quitar 13ª salário do funcionalismo, que tem prazo vencendo hoje, agora pode ser destinado para acertos trabalhistas de demitidos da Seleta e Omep depois de decisão judicial.

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