quinta-feira, 16 de junho de 2016

Em noite de tiroteio e morte de poderoso traficante, prédios são incendiados


Por LAURA HOLSBACK


Noite entre ontem e hoje entra para a história brasileira e internacional depois de a fronteira entre Paraguai e Ponta Porã terem se tornado cenário de guerra. Em tiroteio que durou cerca de quatro horas, poderoso traficante que comandava facção criminosa foi executado, seguranças também foram mortos e inocentes teriam sido feridos. Informação inicial era de que traficantes se enfrentaram em discuta pelo terreno do crime. Depois das mortes, dois estabelecimentos comerciais foram incendiados.

O alvo principal foi Jorge Rafaat Toumani, apontado como um dos principais chefes do narcotráfico na fronteira. O assassinato dele ocorreu em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. O criminoso foi cercado por pistoleiros em seu carro blindado e mesmo fortemente armado e cercado por guardiões, não se livrou da morte nem mesmo com todo o aparato de segurança.

No episódio, outras pessoas também teriam sido mortas e feridas a tiros, mas ainda não há confirmação oficial. De acordo com informações do site paraguaio ABC Color, o ataque é atribuído ao ''barão da droga'' Chimenes Jarvis Pavão, em parceria com a organização criminosa do Brasil Primeiro Comando da Capital (PCC).

Tiroteio começou durante a noite de ontem e se estendeu até a madrugada desta quinta-feira. Segundo o noticiário, foram cerca de quatro horas de enfrentamentos entre duas facções na disputa pelo território do tráfico de drogas. O cenário, conforme relatos, era de terror. Tanques do Exército Brasileiro, que estava na região por conta da Operação Ágata, e Paraguaio, além de policiais dos dois países, foram mobilizados e até a fronteira teria sido fechada.

Segundo o ABC Color, depois de cessado os tiros, dois estabelecimentos comerciais foram incendiados. Por volta das 4h30 de hoje, loja de nome "Pneus Porã" e outro comércio foram, simultaneamente, tomados por fogo. Um dos pontos seria de propriedade do traficante morto Jorge Rafaat. Bombeiros combateram as chamas.

No contexto da guerra do narcotráfico, sete pessoas teriam sido presas. A polícia ainda não divulgou oficialmente a quantidade de mortos e feridos.

MORTE INVESTIGADOR

A execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior, 34 anos, que ocorreu na noite de terça-feira (14), em Paranhos, anunciou que desfecho ainda mais trágico estava por vir. Apesar de a polícia não se manifestar oficialmente, informações davam conta de que o assassinato teria sido cometido por traficantes para mostrar poder.

Dias antes, criminosos deram toque de recolher, ordenando que comerciantes fechassem portas e moradores não saíssem às ruas a partir do começo das noites, sob a promessa de haveriam mortes.

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