domingo, 28 de fevereiro de 2016

Seguro de automóvel pode ficar até 30% mais barato

Extra

Somente este ano, o fotógrafo Leandro Ribeiro, de 29 anos, teve que desembolsar R$ 2.900 pelo seguro de seu Voyage 2011. A seguradora lhe oferece diversos benefícios, mas ainda assim ele reclama do alto valor que teve que pagar pela cobertura de seu veículo usado. "Pagar algo em torno de 10% do valor do meu carro todos os anos é caro demais".

Ainda neste semestre, porém, Leandro e outros motoristas com veículos fabricados há cinco anos ou mais terão a opção de fazer um seguro popular, que poderá render uma economia de até 30% em relação ao valor pago tradicionalmente. Em fase de regulamentação pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), a novidade permitirá que as seguradoras utilizem peças usadas, oriundas de empresas de desmontagem de automóveis, nos casos de colisão dos veículos segurados. Hoje, as empresas são obrigadas a utilizar apenas componentes novos, o que encarece o prêmio (montante pago pela cobertura) para os clientes.

Ao comparar o valor do seguro com o do carro, a maioria dos consumidores opta por ficar sem a proteção. Luiz Alberto Pomarole, vice-presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), explica o que ocorre com a frota mais antiga. "Em se tratando de médias, enquanto um seguro para um carro novo pode custar em torno de 5% ou 6% do valor do automóvel, para um veículo com cinco anos de uso, chega a custar de 12% a 15%".

Segundo Pomarole, o resultado disso é baixa adesão dos motoristas aos seguros." A média de carros segurados no Brasil é de 30%. Quando se fala em carros mais novos, chega a 60% ou 70%. No segmento de carros mais velhos, acreditamos que nem 10% estejam protegidos".

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