segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Taxa de desaparecimento de florestas registra queda desde 1990

G1             Foto; France Press

A superfície florestal no mundo continua diminuindo, mas nos últimos 25 anos a taxa de desaparecimento de bosques caiu à metade, afirma um relatório divulgado pela FAO, a Agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura.

"Embora em escala mundial a extensão das florestas continue diminuindo, ao mesmo tempo que avançam o crescimento demográfico e a intensificação da demanda de alimentos e terras, a taxa de perda líquida de bosques caiu mais de 50% entre 1990 e 2015", revela o documento da FAO.
O documento foi divulgado na 14ª edição do Congresso Florestal Mundial, que acontece até sexta-feira na cidade sul-africana de Durban.

Apesar da boa notícia do relatório, a superfície florestal no planeta diminuiu em 3,1% nos últimos 25 anos, passando de 4,128 bilhões a 3.999 bilhões de hectares.

Isto significa que desde 1990 o mundo perdeu 129 milhões de hectares de floresta, uma superfície equivalente ao território da África do Sul, segundo a organização.

No entanto, o ritmo de mudança registrou desaceleração de mais de 50% entre 1990 e 2015. Concretamente, a taxa anual de perda líquida de florestas (que inclui as plantações de bosques novos) passou de 0,18% nos anos 1990 a 0,08% nos últimos cinco anos.

As principais perdas aconteceram nos trópicos, em particular na América do Sul e África, mas as taxas de desaparecimento registraram fortes quedas nos últimos cinco anos, destaca o relatório.
A FAO adverte que a superfície de bosques seguirá provavelmente em queda, em especial nos trópicos, sobretudo pela atividade agrícola.

"Mas com a demanda crescente de produtos florestais e serviços ambientais, a previsão é de aumento nos próximos anos da superfície de bosques plantados".

A evolução geral observada é "positiva, com avanços impressionantes em todas as regiões do globo", incluindo nas florestas tropicais da América do Sul e da África, disse o diretor geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.

Mas ele advertiu que a tendência positiva deve ser consolidada

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