quarta-feira, 2 de abril de 2014

Mistério do voo MH370 talvez nunca seja desvendado


G1

A Malásia admitiu que as razões que levaram ao desaparecimento do avião da Malaysia Airlines talvez nunca venham a ser conhecidas. O voo MH370 desapareceu no dia 8 de março, quando ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo.

Segundo o chefe de polícia malaio Khalid Abu Bakar, a investigação poderá "continuar e continuar". "Temos que esclarecer cada coisinha. Ao final das investigações, talvez não venhamos a conhecer as verdadeiras causas [do acidente]. Talvez nem venhamos a saber as razões dele", afirmou.

Sem indícios
Bakar acrescentou que as investigações sobre todos os passageiros não apontaram indícios de que possa ter havido um sequestro ou sabotagem, ou que alguém a bordo tivesse problemas psicológicos ou pessoais.

De acordo com o chefe de polícia, foram realizadas mais de 170 entrevistas com familiares dos pilotos e da tripulação. Ele disse, ainda, que a comida servida no avião e o carregamento da aeronave estão sendo investigados.

A área de buscas pela aeronave no Oceano Índico é de 221 mil km², mas a névoa e tempestades marítimas estariam reduzindo a visibilidade e dificultando os trabalhos, segundo a agência conjunta de coordenação de operações de buscas (Jacc, na sigla em inglês), criada na terça-feira (1°).

Além de aviões, navios e submarinos de diferentes países, um jato particular do cineasta Peter Jackson, diretor da série "O senhor dos anéis", está sendo usado nas buscas.

Transcrição
Na terça-feira, autoridades da Malásia divulgaram a transcrição completa das comunicações entre o voo MH370 e controladores de tráfego aéreo em Kuala Lumpur. Segundo as fontes, não havia nenhuma indicação de algo anormal, ainda que as últimas palavras exatas recebidas pelos controladores de tráfego aéreo tenham sido diferentes das que haviam sido divulgadas anteriormente.

Representantes do governo da Malásia disseram que, baseando-se nas imagens de satélite coletadas, o voo MH370 caiu no sul do Oceano Índico.

Parentes das pessoas que estavam a bordo da aeronave vêm exigindo provas e se queixam da falta de informações.

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