quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Justiça proibe no Brasil app Tubby em que homens avaliam mulheres

G1

A 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG) emitiu na tarde desta quarta-feira (4) uma liminar que proíbe o aplicativo “Tubby” de ser disponibilizado em todo o Brasil. A decisão, proferida pelo juiz Rinaldo Kennedy Silva, titular da Vara Especializada de Crimes

Contra a Mulher da capital mineira, acatou o pedido de medida cautelar feito na terça-feira (03) pelos coletivos Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa).

Os grupos entraram com a ação com base na Lei Maria da Penha (11.340/06), argumentando que o aplicativo promovia a violência contra a mulher.

O juiz disse haver “plausibilidade jurídica na tese exposta” pelo coletivo, ”uma vez que a requerente pretende a defesa dos interesses difusos das mulheres”.

"Há também fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la”, escreveu o juiz Kennedy.

O “Tubby” é um aplicativo para homens avaliarem o comportamento e o desempenho sexual de mulheres, criado, segundo seus desenvolvedores, em represália a outro aplicativo, o “Lulu”, que tem o mesmo propósito, mas é direcionado às mulheres.

Na decisão, o juiz proibiu o Facebook, a equipe do próprio “Tubby”, e as lojas de aplicativos do Google (Google Play) e a Apple (App Store) de permitira a veiculação do aplicativo, sob a pena de multa diária de R$ 10 mil, em caso de cumprimento.

O G1 entrou em contato com as empresas, que, até a publicação dessa reportagem, não haviam respondido.

O “Tubby” seria lançado ontem (04), mas foi adiado para sexta. Segundo a equipe responsável, os motivos foram problemas nos servidores, devido ao grande número de acessos, e um esforço para legalizar o aplicativo.

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