domingo, 8 de setembro de 2013

E-readers e livros digitais mudam paisagem de Bienal do Livro

Terra

Os autores de best sellers não são as únicas novidades da Bienal Internacional do Livro, realizada até hoje, no Riocentro, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, os livros eletrônicos e seus acessórios de leitura marcam presença na feira.

Os e-books e e-readers - também chamados leitores eletrônicos - chegam com uma fatia pequena do mercado, mas de olho no futuro do segmento. "O mercado digital no Brasil tinha uma previsão de um boom de crescimento para 2013, o que não aconteceu. Mas o digital cresceu de maneira organizada e consciente. E isso é bom para editores, players e consumidores", explica Marcus Antônio Parise, responsável de conteúdo da Iba, uma das poucas empresas especializadas em e-books presentes na feira.

A gigante do setor, a americana Amazon, também está na Bienal com seu stand e de olho no mercado em constante crescimento. A empresa aposta nos dois lados: tanto nos livros digitais quanto nos dispositivos eletrônicos para a leitura.

Mercado em crescimento

"É muito gostoso estar no mercado neste momento, porque as pessoas estão tomando gostando pela leitura digital. Temos uma verdadeira obsessão por melhorar cada vez mais a experiência do consumidor nos dois lados", afirma Alex Szapiro, vice-presidente da Amazon no Brasil.

Concorrente da Amazon, a canadense Kobo compara o mercado brasileiro, que varia de 2 a 4% do americano, que hoje já ocupa uma importante fatia de 26% do total de livros vendidos. "Temos um longo caminho a percorrer. Tem espaço para todo mundo ganhar dinheiro, crescer e para o consumidor aproveitar o mercado de livros digitais. Você viaja e leva mil livros com você", ilustra Samuel Vissoto, diretor de desenvolvimento de negócios da Kobo.

Tanto Amazon quanto Kobo apostam e muito na venda de dispositivos digitais para leitura. Os dispositivos oferecidos pelas duas empresas começam a ter preços mais acessíveis ao público, variando de R$ 289 a R$ 699.

"O e-reader tem uma grande vantagem em relação ao tablet: ele tem uma tela especial, com iluminação que imita a iluminação natural e não te cansa a vista", opina Szapiro, completando que o tempo de duração da bateria do dispositivo pode chegar a 30 dias sem necessidade de carga, sem falar no peso e no tamanho do e-reader comparados aos de um tablet.

"É como comparar um canivete suíço com uma chave-de-fenda. Se você tiver que apertar um parafuso toda hora é melhor com uma chave-de-fenda", defende, dizendo que, de acordo com estudos feitos por sua empresa, é cada vez mais comum pessoas que têm um tablet e um leitor digital. Vissoto concorda e diz que é uma discussão interessante saber se o e-reader vai migrar para o tablet ou se o tablet vai ser uma opção para o leitor digital. "Nosso tablet (o Kindle Fire), por exemplo, tem um ambiente de leitura, que quando você entra nele, deixa de receber notificações de Facebook, de email", ilustra.

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