A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) considera antecipar as metas de universalização dos serviços de telefonia 3G e 4G, disse nesta segunda-feira o presidente do órgão, João Rezende. A meta para o 3G, hoje definida para 2017, pode ser encurtada em um ou dois anos, enquanto a do 4G, de 2019, pode ser antecipada em um ano.
"Nós vamos fazer todos os estudos para tentar antecipar as duas massificações em um ou dois anos para 3G e, no 4G, em um ano", disse Rezende a jornalistas, ressalvando que estudos estão sendo feitos, mas precisam ser analisados pelas operadoras do setor.
Segundo ele, o leilão de 4G na frequência de 700 megahertz, programado para o começo do ano que vem, vai dar um impulso importante para a expansão da banda larga móvel no país. A empresa que vencer o leilão terá obrigações contratuais de investir em infraestrutura para ampliar a rede.
"A intenção do governo é trocar tudo por infraestrutura, e a arrecadação não será o objetivo principal do 700 megahertz", disse. "Para levar 4G para o máximo de cidades possível, é preciso ter rede de fibra ótica de longa distância. O 4G vai ser basicamente dados", adicionou.
Menos orelhões
A Anatel também pretende reduzir o numero de orelhões no país a partir de 2015. Atualmente, o país conta com cerca de 1 milhão de telefones públicos, cada vez menos usados, em meio ao avanço da Internet e da telefonia móvel.
A ideia é reduzir o número de orelhões para 600 mil, com metade deles contando com a tecnologia wifi de acesso à Internet entre 2015 e 2016.
A negociação com as empresas operadoras faz parte do processo da renovação das concessões das companhias, que começa a partir de 2015 (a consulta pública começa já em 2014). "A concessionária é que vai ser responsável por colocar o acesso wifi no orelhão; para fazer o investimento no wifi precisa baixar o custo do orelhão", finalizou.
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