quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Três lagoas e Água Clara recebem projeto Arte no Canteiro


A rotina de trabalho pesado nos canteiros de obras de três estados brasileiros deve ficar um pouco mais leve. Por um momento, equipamentos de proteção como luvas, botas, capacetes, além de tijolos, guincho, vergalhões e outros materiais presentes no dia a dia dos operários da construção civil deixarão de ser somente instrumentos de trabalho e proteção para se tornarem personagens de uma divertida e curiosa peça teatral. 

Só no Mato Grosso do Sul, a estimativa é atingir um público de 16 mil pessoas em dois meses e meio. Hoje (13), às 16h, a peça será encenada na Ceramia Guerra e Telheia Santa Lourdes, em Três Lagoas; amanhã (14), a apresentação será na Usina Hidrelétrica São Domingos, em Água Clara, às 14h e às 16h. 

Apresentações - De forma lúdica, as ferramentas ganharão vida no palco e desempenharão a função de protagonistas das várias histórias. Essa é a proposta do projeto Arte no Canteiro, patrocinado pelo Serviço Social da Indústria. A iniciativa se vale do teatro de objetos para difundir saúde e segurança no trabalho, evitar desperdícios de tempo e materiais e estimular a educação ambiental.

Levando arte ao ambiente de trabalho e combinando humor, ação, criatividade e informação, estes operários receberão educação de modo leve e espontâneo. “Nossa proposta é conscientizar, educar e divertir a partir dos objetos da indústria que fazem parte do repertório diário do trabalhador da construção civil. Um pouco como a palavra geradora de Paulo Freire". Explica a diretora de criação da Aliança Comunicação e Cultura, Lina Rosa Vieira, idealizadora do projeto. 

A iniciativa do Sesi se deu a partir da percepção e preocupação com o aumento do número de acidentes com estes trabalhadores, já que este número é proporcional ao crescimento do mercado da construção civil, que se encontra em um bom momento – e é o setor que mais emprega no País.

Os problemas de segurança encontrados diariamente nos canteiros são tratados na peça com um enfoque que, mesmo pautado em normas técnicas, privilegia uma abordagem mais humana e divertida dos conteúdos. “Personagens criados a partir de objetos utilizados na construção civil, como uma desempenadeira, um balde, um carrinho de mão, uma caçamba e uma pá, encenam uma série de situações que levarão os operários a refletir sobre a segurança em suas próprias rotinas de trabalho”, diz o diretor do espetáculo, Osvaldo Gabrieli.

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