quinta-feira, 24 de março de 2011

Campo-Grandense prestigiam programação da Semana do Teatro

A riqueza cultural brasileira é reconhecida internacionalmente. E com a ascensão social conquistada nos últimos anos, houve uma democratização do acesso à cultura no País. A atriz campo-grandense Aline Duenha observa que é possível identificar que, gradativamente, o teatro e todas as formas de arte cênica têm sido melhor acolhidas e difundidas em Campo Grande.

“Com a união de esforços de todos os envolvidos: classe de atores, quem promove, quem patrocina, poder público e entidades ligadas ao setor; está havendo uma expansão do teatro. As pessoas participam mais. Prestigiam a arte que lhes é oferecida. Existe esse despertar e gosto pela cultura”, observou a atriz, que há 15 anos tem o teatro como profissão.

O ator e diretor de teatro Paulo Preché, responsável pelo núcleo de artes cênicas da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), ressalta que o poder público tem buscado, dentro de suas limitações, inserir a cultura no dia-a-dia das pessoas.

“Hoje, existem inúmeros projetos à disposição da população. Seja na música, no teatro, no circo. Enfim, existe essa preocupação. Oferecer gratuitamente apresentações de teatro, de shows ou qualquer outra manifestação de cultura aproxima todas as camadas da sociedade. Faz com que a arte faça parte da vida dessas pessoas. E essa familiaridade tem crescido. É notória”, considera Paulo.

Na avaliação de Preché, o olhar para o teatro tem atingido nova perspectiva. “Depois da criação das leis de incentivo à cultura, criadas a partir da década de 80, o teatro passou a ter um papel importante. Houve o crescimento das produções culturais do País”.

Para a comerciante Geralda Cristina, de 40 anos, moradora da Vila Carvalho, a oferta de apresentações de teatro, principalmente, incentiva as famílias a apreciarem a cultura. “Antes, a gente via que a cultura só era acessível àqueles que tinham melhor poder aquisitivo. Hoje é diferente, existe a oferta. O poder público enxergou que a cultura é uma necessidade de qualquer ser humano, capaz de ampliar visões e alimentar o cidadão”.

Geralda fazia parte da platéia, que nesta manhã acompanhou as apresentações da programação da Semana do Teatro. Desde terça-feira (22), o teatro de arena do Horto Florestal é palco de várias apresentações teatrais para todos os públicos. A comerciante acompanhava os três filhos que, encantados, prestigiaram a peça ”El Magnífíco Duelo”, apresentada pelo grupo Desnudos Del Nombre.

Já a pequena Isabela, de dez anos de idade, disse que o que chama mais atenção no teatro é a maneira de os atores fantasiarem a realidade. “Eles fingem que estão vivendo mesmo a história. E a gente acredita. É muito mágico”, disse a menina, que já sonha em fazer parte de um grupo de teatro.

Semana do Teatro

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande, por meio de suas fundações de Cultura (FCMS e Fundac), Câmara Setorial de Teatro e Federação Sul-Mato-Grossense de Teatro (Fesmat), promove até o dia 27 de março (domingo) a Semana de Teatro, evento em comemoração ao Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Circo (27 de março).

Todas as apresentações acontecem no teatro de arena do Horto Florestal. A programação desta quinta-feira (24.03) conta com a encenação de duas peças: “El Magnifíco Duelo” (livre), do grupo Desnudos Del Nombre foi apresentada pela manhã. À tarde, a partir das 15h, será encenada a peça “Tekoha-Ritual de vida e morte do deus pequeno” (adulto), do Teatro Imaginário Maracangalha.

As apresentações acontecem todos os dias nos três períodos: manhã, tarde e noite. Excepcionalmente hoje, a programação no teatro de arena será interrompida no período noturno, por causa do lançamento do livro “Vozes do Teatro”, obra que reúne grandes nomes do teatro sul-mato-grossense. A solenidade será realizada às 19 horas, no Memorial da Cultura.

Amanhã (25), serão apresentadas as peças infantis. Às 9 horas, “O rei que não sabia rir” (Grupo Identidade Teatral), e às 15 horas, “O sapo encantado e outras histórias” (Grupo Teatral Unicórnio). Para os adultos, às 20 horas, “Não é festa de criança!”, com Juan e Thibau.

Cinco peças fecham a Semana do Teatro. Sábado, 10h30, “O arco-íris” (Grupo Prisma); 15 horas, “De palhaço e lobo todo mundo tem um pouco” (Grupo Arte Riso) e 20 horas, “Os Corcundas” (Circo do Mato), livre para todos os públicos. Domingo, às 15 horas, a peça infantil “A Princesa engasgada” (Teatral Grupo de Risco), e às 20 horas, o espetáculo adulto “Socorro minha casa é uma comédia” (Grupo Palco) encerram a semana de comemoração.



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