domingo, 25 de abril de 2010

Al Pacino completa 70 anos

Terra

Quando se fala em Al Pacino, a primeira imagem que se abre no senso comum cinematográfico é a de um cara durão, geralmente com alguns tiques e maneirismos que assustam seus inimigos. O tipo do personagem que vence uma queda de braço usando apenas os olhos. Neste domingo, ao completar 70 anos, Al Pacino pode dizer que está longe de ser ator de um só perfil, mas certamente sabe emular essa aura de alguém que vai estar sempre por cima, mesmo quando as armas estão apontadas para ele.

Prestes a filmar dois papéis que se encaixam exatamente nesse perfil de homens importantes, um pouco loucos, perseguidos e tiranos - estamos falando do Rei Lear e de Herodes em filme sobre a mãe de Jesus -, Al Pacino tem hoje o currículo de um ator que, embora não seja mais um chamariz de bilheteria, é garantia de status ao filme. Por oito vezes foi indicado ao Oscar e saiu da cerimônia com a estatueta dourada apenas em sua última indicação, em 1993, por Perfume de Mulher.

Um dos poucos atores de Hollywood que nunca se casaram, embora tenha dois filhos, Alfredo James Pacino, ou simplesmente "Sonny" (nome de seu personagem em Um Dia de Cão), faz parte da imensa comunidade de descendentes italianos de Nova York.

Essa mesma origem rendeu a ele o papel que transformaria sua carreira: a de Michael Corleone em O Poderoso Chefão, de 1972, ainda que fosse no segundo título da franquia, em 1974, que já como chefe do clã Corleone, ele assumisse o posto de ator pronto para interpretar tomadores de decisão, ora como mocinho e muitas vezes como bandido.

Aliás, nesta última categoria, Pacino interpretou um dos mais memoráveis - para o bem e para o mal - vilões do gênero "máfia no cinema". Em 1983, com Scarface, Pacino estabeleceu novos parâmetros para a violência gananciosa dos mafiosos dentro e fora do cinema.

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