segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mostra de filmes de Joel Pizzini no MIS começa hoje

O Museu da Imagem do Som, unidade da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul, inicia a partir de hoje (16) a Mostra de Cinema Joel Pizzini. As exibições acontecem em dois horários (15h e 19h) e vão até a sexta-feira (20).


A mostra exibirá a linguagem particular do cineasta através de suas obras, incluindo longa, médias e curtas-metragens, em ficção e documentários, premiados tanto no Brasil quanto no exterior.



Cineasta ativo, Joel Pizzini celebrizou-se desde seu primeiro curta-metragem “Caramujo-flor” (1988), baseado na obra do poeta Manoel de Barros, iniciando sua saga de experimentação poética na produção audiovisual. O filme levou prêmios de melhor direção e fotografia no Festival de Brasília, melhor montagem no Rio Cine e melhor filme no júri oficial do Festival de Huelva, na Espanha. Seus métodos e experimentos com a construção da linguagem documental deram origem mais tarde ao primeiro longa-metragem, “500 Almas” (2004), sobre os Guató, que ganhou melhor filme no Festival do Rio e melhor documentário latino-americano no Festival de Mar del Plata. Esses e outras experiências serão exibidas na mostra, incluindo filmes de montagem relacionados a de Glauber Rocha, filmeensaios sobre cineastas e atores com Glauce Rocha, Paulo José, Helena Ignez e Rogério Sganzerla, entre outros.




Atualmente é professor da Faculdade de Artes do Paraná, na disciplina de Documentário, e Conselheiro da Escola do Audiovisual de Fortaleza ligada à prefeitura da cidade. É curador do projeto Coleção Glauber Rocha, responsável pela restauração da obra do cineasta baiano. Tem viajado todo o país e exterior dando cursos de cinema e compartilhando experiências criativas. Prepara agora um ensaio documental com o cantor sul-mato-grossense Ney Matogrosso, que será exibido em caráter "work in progress" em dezembro no Festival de Santa Maria da Feira em Portugal.





PROGRAMAÇÃO:



16 NOV | Segunda-feira | 15h



Caramujo-Flor

SP/MS, 1988, 21’

Ensaio de ficção poética que reinventa o itinerário da poesia de Manoel de Barros, através de uma colagem de fragmentos sonoros e visuais.

Elenco: Ney Matogrosso, Rubens Corrêa, Tetê Espíndola, Aracy Balabanian, Almir Sater.

Prêmios: Melhor Direção – Festival de Brasília (1988) / Melhor Fotografia – Festival de Brasília (1988) / Melhor Montagem – Rio Cine (1989) / Melhor Filme (Júri Oficial) - Festival de Huelva – Espanha (1988)



Glauces – Estudo de um rosto

SP/MS, 2001, 30’

Glauce era filha do rei. Glauce era rival de Medeia. Glauce é terra, navalha, carne, transe. Glauce era só. Glauce é rocha. Glauce era Glauce ou Glauce é Glauce.

Prêmios: Melhor Filme e Melhor Montagem – Festival de Brasília (2001) / Melhor Pesquisa de Linguagem – Festival de Vitória (2002) / Seleção Oficial no Festival de Locarno - Suíça (2002)



Elogio da Luz

RJ, 2004, 50’

Filmensaio sobre Rogério Sganzerla, um dos mais originais cineastas brasileiros, protagonista do movimento conhecido como “Cinema Marginal”, que inovou a linguagem do Cinema Brasileiro em fins dos anos 60. O filme parte da mais recente criação do cineasta, “Signo do Caos” (2003), para recriar a sua instigante trajetória artística, revelando o processo criativo de seus clássicos “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Sem essa Aranha” (1970), “A Mulher de Todos” (1969), e “Abismu” (1978).

Co-direção: Paloma Rocha.





16 NOV | Segunda-feira | 19h



500 almas

RJ/MS, 2004, 109´

O filme recupera o universo mítico e existencial da cultura Guató, etnia milenar que chegou a ser considerada extinta na década de 1960 e vive hoje dispersa pelo Pantanal, apesar de ter reconquistado parte de seu antigo território nos anos 70.

Com Paulo José e Matheus Nachtergaele.

Prêmios: Melhor Filme – Festival do Rio (2005) / Melhor Documentário Latino-Americano – Festival de Mar del Plata (2005) / Melhor Documentário Latino – Cinesul (2005)



17 NOV | Terça-feira | 15h



Retrato da Terra

SP, 2004, 50’

Documentário de montagem narrado em primeira pessoa pelo cineasta Glauber Rocha, abordando sua defesa da expressão audiovisual e uma reflexão política a partir dos diálogos dos personagens de seus filmes.

Co-direção: Paloma Rocha.

Prêmios: Melhor Documentário – Jornada da Bahia (2004) / Melhor Documentário – Vitória Cinevídeo (2004)



Abry

SP, 2003, 30’

Aos 84 anos de idade, Lúcia Rocha, mãe do cineasta Glauber Rocha, interna-se num hospital em São Paulo para fazer exames no coração. Ao receber a notícia sobre o risco que corria sua vida, Lúcia, lacônica, diz ao médico: “então, abre!”.

Co-direção: Paloma Rocha.

Prêmio: Melhor documentário – Festival “É Tudo Verdade” (2003)



17 NOV | Terça-feira | 19h



Anabazys

RJ, 2007, 98’

Prolongamento de "A Idade da Terra", (1980), o filme-testamento de Glauber Rocha, na medida em que recria a memória em torno da gênese e produção do filme. Narrado em primeira pessoa pelas "vozes" de Glauber, "Anabazys" experimenta as suas lições visionárias através da participação do elenco, equipe técnica e colaboradores, que revisitam o imaginário de "A Idade da Terra".

Co-direção: Paloma Rocha

Entrevistados Principais: Glauber Rocha (arquivo), Tarcísio Meira, Norma Bengell, Ana Maria Magalhães, Jessé Valadão, Orlando Senna, Gustavo Dahl, Fernando Lemos Oliveira Bastos, TT Catalão, Carlos Castello Branco, Ismail Xavier, Antônio Pitanga, Caco Caetano, Raul Willian, Paula Gaitán, entre outros.

Prêmios: Melhor Montagem e Prêmio Especial do Júri – Festival de Brasília (2007)



18 NOV | Quarta-feira | 15h



Helena Zero

RJ, 2005, 30´

Ensaio documental sobre o universo criativo da atriz e cineasta Helena Ignez que, por meio de um ritual de tai chi chuan, evoca e reinventa a memória. Uma artista em seu eterno recomeçar.

Prêmio: Melhor Vídeo Experimental – Jornada da Bahia (2007)



Dormente

SP/RJ, 2005, 15´

Estações, trilhos e cabos elétricos alinhavam os quadros noturnos de “Dor-mente”, que, sob luzes artificiais, revelam formas sem contorno, forças paralisadas, gestos repetidos, compondo a memória, os auto-retratos e a escuridão da viagem cotidiana.

Prêmios: Melhor Filme Experimental – Festival de Teerã – Irã (2006) / Melhor Filme Experimental – Curta Cinema (RJ)



Suíte Assad

SP, 2003, 15´

Ensaio musical sobre a Família Assad, realizado no Natal de 2002 em São João da Boa Vista (SP). Através da apresentação de um concerto na cidade, a narrativa vai se delineando através do encontro entre três gerações desta virtuosa família.

Prêmio: Melhor Filme do Júri Popular – Festival de Cuiabá (2002)



Um Homem Só

RJ, 2000, 60´

O filme representa a busca de 16 personagens construindo seu ator. E se esse ator for Leonardo Villar?





Piggy Bank

SP, 1994, 1´

Alegoria antropofágica sobre o poder econômico, baseado no mito de Hércules contra o Javali de Erimanto. Interpretado por um menino de rua, com música original de Itamar Assumpção.

Prêmio: Prêmio Século XX – Mostra do Filme Livre (2006)



18 NOV | Quarta-feira | 19h



Evangelho Segundo Jece Valadão

RJ, 2001, 55´

Documentário sobre a arte de representar de um ator, produtor e diretor que criou tipos, virou mito da masculinidade e experimentou personagens essencialmente brasileiros, convertendo-se a um deles: o pastor evangélico.



Paulo José, um Auto-retrato Brasileiro

RJ, 2002, 57´

Documentário-síntese da obra do ator, diretor e produtor Paulo José, narrado a partir do making-of do longa-metragem “500 Almas” em que o ator-tema interpreta 6 personagens.

Prêmio: Prêmio Especial do Júri – Jornada da Bahia (2002)



19 NOV | Quuinta-feira | 15h



O Pintor

SP, 1994, 60´

Documentário sobre a obra do pintor Iberê Camargo (1914-1994) que coloca em primeiro plano a oficina do artista, apreendendo a relação visceral entre o ímpeto criativo, a mão, o gesto e a cor.

Prêmio: Prêmio Século XX – Mostra do Filme Livre (2007)



Enigma de um Dia

SP, 1996, 17´

Um funcionário de museu – o vigia – motivado pelo quadro homônimo de De Chirico, é introduzido, através do cotidiano, no universo metafísico do pintor italiano.

Prêmios: Melhor Filme – Festival de Gramado 1996 / Melhor Filme – Festival de Figueira da Foz (Portugal) (1997) / Seleção Oficial – Festival de Veneza (1997)



19 NOV | Quinta-feira | 19h



Retrato da Terra

SP, 2004, 50’

Documentário de montagem narrado em primeira pessoa pelo cineasta Glauber Rocha, abordando sua defesa da expressão audiovisual e uma reflexão política a partir dos diálogos dos personagens de seus filmes.

Co-direção: Paloma Rocha.

Prêmios: Melhor Documentário – Jornada da Bahia (2004) / Melhor Documentário – Vitória Cinevídeo (2004)



Abry

SP, 2003, 30’

Aos 84 anos de idade, Lúcia Rocha, mãe do cineasta Glauber Rocha, interna-se num hospital em São Paulo para fazer exames no coração. Ao receber a notícia sobre o risco que corria sua vida, Lúcia, lacônica, diz ao médico: “então, abre!”.

Co-direção: Paloma Rocha.

Prêmio: Melhor documentário – Festival “É Tudo Verdade” (2003)



20 NOV | Sexta-feira | 15h



500 almas

RJ/MS, 2004, 109´

O filme recupera o universo mítico e existencial da cultura Guató, etnia milenar que chegou a ser considerada extinta na década de 1960 e vive hoje dispersa pelo Pantanal, apesar de ter reconquistado parte de seu antigo território nos anos 70.

Com Paulo José e Matheus Nachtergaele.

Prêmios: Melhor Filme – Festival do Rio (2005) / Melhor Documentário Latino-Americano – Festival de Mar del Plata (2005) / Melhor Documentário Latino – Cinesul (2005)





20 NOV | Sexta-feira | 19h



Caramujo-Flor

SP/MS, 1988, 21’

Ensaio de ficção poética que reinventa o itinerário da poesia de Manoel de Barros, através de uma colagem de fragmentos sonoros e visuais.

Elenco: Ney Matogrosso, Rubens Corrêa, Tetê Espíndola, Aracy Balabanian, Almir Sater.

Prêmios: Melhor Direção – Festival de Brasília (1988) / Melhor Fotografia – Festival de Brasília (1988) / Melhor Montagem – Rio Cine (1989) / Melhor Filme (Júri Oficial) - Festival de Huelva – Espanha (1988)



Glauces – Estudo de um rosto

SP/MS, 2001, 30’

Glauce era filha do rei. Glauce era rival de Medeia. Glauce é terra, navalha, carne, transe. Glauce era só. Glauce é rocha. Glauce era Glauce ou Glauce é Glauce.

Prêmios: Melhor Filme e Melhor Montagem – Festival de Brasília (2001) / Melhor Pesquisa de Linguagem – Festival de Vitória (2002) / Seleção Oficial no Festival de Locarno - Suíça (2002)



Elogio da Luz

RJ, 2004, 50’

Filmensaio sobre Rogério Sganzerla, um dos mais originais cineastas brasileiros, protagonista do movimento conhecido como “Cinema Marginal”, que inovou a linguagem do Cinema Brasileiro em fins dos anos 60. O filme parte da mais recente criação do cineasta, “Signo do Caos” (2003), para recriar a sua instigante trajetória artística, revelando o processo criativo de seus clássicos “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Sem essa Aranha” (1970), “A Mulher de Todos” (1969), e “Abismu” (1978).

Co-direção: Paloma Rocha.

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