quarta-feira, 1 de julho de 2009

MS Canta Brasil terá musicalidade baiana,francesa e regional


No próximo domingo, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Fundação Manoel de Barros (FMB), promove o MS Canta Brasil Especial – Ano da França no Brasil, e traz para Parque das Nações Indígenas a apresentação do violinista francês Nicolas Krassik, a banda baiana Moinho, da atriz global Emanuelle Araújo, e o som regional da banda Grass. O evento acontece a partir das 17h30, sempre com entrada franca.



“Este evento tem um caráter especial, pois congrega a musicalidade local, com a musicalidade brasileira e a francesa, e, no ano da França no Brasil, este entrelaçamento cultural é muito salutar e interessante”, destaca o presidente da FCMS, Américo Calheiros. O ano da França no Brasil é comemorado em todos os estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul houve eventos alusivos à comemoração, de artes plásticas, cinema, música e teatro.



Nicolas Krassik



O violinista Nicolas Krassik, radicado no Brasil, descobriu a música brasileira em eventos realizados em Paris. Chegou ao Rio de Janeiro em setembro de 2001, quando teve imediato contato com o samba, o choro e forró, no bairro da Lapa, tocando com grandes artistas brasileiros. Foi a sua forte e natural identificação com a cultura brasileira que fez com que Nicolas decidisse ficar no Brasil.



Krassik é formado em música erudita pelo Conservatoire National de Region d\'Aubervilliers-la Courneuve, e em Jazz pelo C.I.M. (Centre de Fomation Musicale de Paris). Participou da gravação de alguns Cds: “Marvellous\" em 1994, junto com o pianista Michel Petrucciani. Gravou também, com a Orquestra de Violino Jazz do violinista francês Didier Lockwood, além de gravações de trilhas sonoras para cinema e TV.



No Brasil, sua atuação no cenário musical carioca resultou em diversos convites para participações no CD “Nome Sagrado” e DVD “A madrinha do Samba” da cantora Beth Carvalho, nos CDs de Argemiro Patrocínio, da Velha Guarda da Portela, produzido por Marisa Monte e Paulão ‘7 cordas, “Café Brasil II” do grupo Época de Ouro , “Infinito particular” e “Universo ao meu redor” de Marisa Monte. Nicolas tocou com artistas consagrados como Yamandú Costa, Beth Carvalho, João Bosco, Marisa Monte, entre outros. Depois dos CDs “Na Lapa” e “Caçuá”, Nicolas lançou o terceiro CD dedicado à Música Nordestina “Nicolas Krassik e Cordestinos”.



Banda Moinho



Depois de um telefonema de Emanuelle Araújo convidando Lan Lan para tocarem juntas em alguns bares da Lapa, as duas se juntaram ao guitarrista e violonista Toni Costa para algumas apresentações com o nome provisório Moinho da Bahia, deixando claro de onde vinham. O nome faz referência à frase do sambista carioca cartola: “O mundo é um moinho”. Em 2000, Emanuelle teve a idéia de levar o samba da Bahia para a Lapa carioca, o celeiro do gênero.



Cada um dos integrantes traz no currículo anos de trabalho com grandes nomes da nossa música. Emanuelle comandou os vocais da Banda Eva durante alguns carnavais; Lan Lan tocou com Cássia Eller, Nando Reis & Os Infernais e com os Tresloucados – um projeto de Preta Gil e Davi Moraes , além de ter liderado Lan Lan & Os Elaines. Toni, por sua vez, já acompanhou os principais baianos ainda na ativa, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Moraes Moreira, Gal Costa, além de artistas como Luiz Melodia, Elba Ramalho, Nelson Gonçalves, Sérgio Sampaio e Adriana Calcanhoto. Para as bandas Paralamas do Sucesso e Herva Doce, Toni ainda fez alguns arranjos.



A reunião dos baianos deu certo, e a gravação de um álbum que registrou este encontro parecia inevitável, surgindo o CD “Hoje de Noite”. Do samba baiano, “Baleia da Sé”, de Riachão; “O Vento e o Moinho”, de Moraes Moreira; “Saudade da Bahia”, de Dorival Caymmi. Na gravação do CD a banda contou com a participação de Léo Gandelman no sax-tenor e do cantor e compositor Nando Reis. A banda que acompanha o trio inclui Nara Gil, Maurício Braga na bateria e Pedro Mazzillo no baixo.



Grass



Criada em 1998, a banda Grass (grama, em inglês) caracteriza-se pelas novidades sonoras e pelas mensagens que destacam importantes temas sociais. Em 2008, a banda lançou seu primeiro CD “O Novo Dia”, no projeto Cena Som da FCMS. Atualmente ela é composta por Rodrigo Estrada (voz), Leandro Perez (violão/guitarra), Lu Sá (baixo), Fred Tico (percussão eletrônica), Joãozinho (percussão orgânica) e Felipe Nahas (bateria).



O repertório do novo título tem pitadas ardentes de samba à beats apimentados de hip hop. Músicas autorais dão o tom do novo CD e retratam a energia e a “cara” da banda. A grande inovação da Grass é a introdução dos beats eletrônicos que fazem da sua “cozinha”, composta por Fred Tico e DJ Magão (percussão e scratches), uma das mais criativas do Brasil. A mistura das raízes brasileiras também é encontrada com os grooves de funk. Para o MS Canta Brasil Especial, Rodrigo Estrada afirma que a banda não será apenas uma banda de abertura e sim, uma atração tão especial quanto a Banda Moinho e Nicolas Krassik.



“Quando recebemos o convite para abrir o evento, já começamos a articular a produção para um show que tem uma estrutura de nível nacional. Vamos diferenciar na forma de apresentação, levaremos telão, Vídeo Joker, imagens e iluminação própria. E como o social é uma bandeira da banda, fechamos uma parceria com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e com a ONG Pratique Ecologia para distribuirmos durante o nosso show 500 mudas de árvores nativas. É a música trabalhando em prol do meio ambiente”, explica Rodrigo. Quanto a se apresentar dentro no Ano da França no Brasil, o vocalista declara que será uma forma de mostrar o som da banda não só para artistas nacionais e internacionais, mas também, para um público diferenciado, que normalmente não vão aos shows da Grass.

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