quinta-feira, 4 de junho de 2009

Babel “inaugura” atrações de junho do Cinema d(e) Horror

O filme Babel inaugura hoje (3) as atrações do mês de junho do projeto “Cinema d(e) Horror”, desenvolvido pelo Mestrado em Estudos de Linguagens da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

O projeto oferecerá excepcionalmente em junho três exibições de filmes, sempre às 18h30 na sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo. A entrada é gratuita.

O objetivo do projeto é promover reflexões por meio de debates que acontecem a partir de filmes que tratam a categoria “Horror”, possibilitando uma melhor compreensão do universo artístico contemporâneo e da conflituosa natureza humana, numa leitura diferente do habitual. Após a exibição do filme é realizado um debate, com abordagem crítica sobre o filme, relacionando-o a obras literárias que também tratam do “Horror”.

As sessões do projeto Cinema d(e) Horror acontecerão nos dias 3, 10 e 17 de junho com a exibição dos filmes “Babel”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Morangos Silvestres” respectivamente.

Sinopse

“Babel” – (EUA/2006/142min/16anos)

Babel pode ser lido de vários pontos de vista: das curiosidades de meninos pastorando cabras no Marrocos, do silêncio da menina sem voz no Japão, dos olhos do menino americano assombrado diante de uma galinha sem cabeça no México, da clandestinidade da empregada doméstica que queria apenas assistir ao casamento do filho do lado de cá da fronteira, da dor branca da americana ao sentir a pele furada pela agulha de um curador de animais. Das vistas de cada ponto, “Babel” é um conjunto de encontros e desencontros que assinalam aproximações e distanciamentos, resvalando sobre corpos-territórios divididos e ao mesmo tempo multiplicados por um mundo simultaneamente globalizado e fragmentado.

A questão, contudo, é mais do que procurar as linhas que ligam os pontos: é constatar a produção de relações (territorialidades) e como elas se atraem e se repelem como parte de nossas produções cotidianas, em processos de “transterritorialidades” que se em alguns momentos nos aproximam do outro, por outros redefinem nossas fronteiras “objetivas” e “subjetivas”. Nelas, nas fronteiras, o corpo se mostra e nele, pelos buracos da parede, pela bala “perdida”, pelo cachimbo estranho, pela ausência da voz ou pelo documento “esquecido”, as ações e reações são imprevisíveis, misturando-se corpos, tempos e espaços.



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