sábado, 5 de julho de 2008

Nando Reis e Geraldo são as atrações do MS Canta Brasil

Neste domingo (6), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da sua Fundação de Cultura, apresenta mais uma edição do MS Canta Brasil, com shows de Nando Reis e Geraldo Espíndola a partir das 17h30 no Parque das Nações Indígenas, em frente ao lago. A entrada é gratuita.

Desde pequeno, Nando Reis adorava tocar violão e compor músicas. O ex-baixista do grupo Titãs, mesmo como integrante da banda paulista, já mantinha uma carreira solo onde expunha seu lado de compositor e intérprete. Entrou nos Titãs desde seu surgimento (1982), sendo autor de muitas músicas de sucesso, como: "Os Cegos do Castelo", "Pra Dizer Adeus" (com Tony Belloto), "Bichos Escrotos" (com Arnaldo Antunes e Sérgio Britto). Nando saiu do grupo em 2003.

Ainda nos Titãs, gravou pela primeira vez, como cantor, duas músicas de sua autoria: "Marvin" (parceria com Sérgio Britto) e "Querem Meu Sangue". Durante o trabalho com os Titãs, grava três discos paralelamente: "12 de Janeiro" (1995), "Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro" (2000) e o último, antes de seguir a carreira solo, "Infernal... but there's still a full moon shining over Jalalabad". Em 2003, oficialmente fora dos Titãs, o cantor lança "A letra A". O disco é recheado de músicas que não caberiam em fase alguma da carreira da antiga banda de Nando. São canções longas, sem refrões definidos nem melodias instantaneamente grudentas e uma sonoridade enxuta, porém vigorosa, quase acústica. Com 12 faixas de sua autoria, ainda se pode ouvir sua versão de "Luz dos Olhos", música dele, inicialmente gravada por Cássia Eller.

Fora dos Titãs, teve músicas gravadas por Marisa Monte ("Diariamente"), Cássia Eller ("E.C.T."), Cidade Negra ("Onde Você Mora"). Em 2004, Nando consolida sua carreira solo com o CD "MTV Ao Vivo – Nando Reis e Os Infernais". Junto com sua banda, Os Infernais, Nando canta nesse disco músicas inéditas, covers e sucessos eternizados do cantor. O projeto reuniu clássicos dos Titãs ("Cegos do Castelo" e "Marvin"), além de músicas gravadas por Cássia Eller ("Relicário" e "All Star") e J. Quest ("Do seu lado") e três faixas inéditas. "Dentro do Mesmo Time" ganhou uma versão ao vivo, mas o grande destaque do repertório ficou para "Mantra", que emplacou como sucesso radiofônico, junto com "Por Onde Andei".

Em Campo Grande, Nando Reis e os Infernais trazem o "Luau MTV - Nando Reis", gravado em janeiro deste ano e lançado em maio (CD) e junho (DVD). O luau acontece com amigos reunidos, violão e vários hits. Para o cantor, o projeto tem um gosto especial, já que foi ensaiado na sua casa de praia, em Ubatuba (SP), e gravado na Praia Vermelha. "Juntar um bando ao redor de umas canoas espalhadas na areia só fica bom quando se tem música que a gente sabe de cor pra poder sair cantando", explicou o cantor em material sobre o evento.

Os Infernais é formado por Carlos Pontual (violão), Felipe Cambraia (baixo), Alex Veley (teclados) e Diogo Gameiro (bateria), e ainda contam com a participação da percussionista infernal e ancestral Lan Lan.

No repertório, músicas do último álbum Sim e Não: Sou Dela, N, Espatódea e Monóico, além de sucessos que o cantor e compositor coleciona nesses anos: A Letra A, Relicário, Por Onde Andei, entre outros. Ainda há a inédita "Tentei Fugir", e "Negra Livre", que fez para a cantora Negra Li.

Geraldo Espíndola promete colocar o público do MS Canta Brasil para dançar
Um show com rock, reggae e muita música para dançar é o que promete o cantor e compositor Geraldo Espíndola, que representará a música do Estado nesta edição do MS Canta Brasil. A nova linguagem do compositor ganhou espaço durante as turnês do projeto "Intimidades Acústicas e fotográficas do Pantanal à França e a Tunísia", realizadas em 2006, 2007 e 2008. Intimidades Acústicas também é o titulo do seu último CD.

Segundo Geraldo, que considera-se fã incondicional de Nando Reis, a levada mais irreverente e dançante de sua apresentação, embora não tenha sido criada exclusivamente para a abertura do show de Nando Reis, promete esquentar o final de tarde. "Tive a oportunidade de conhecê-lo no Festival de Inverno do Bonito do ano passado, e sou fã do seu trabalho desde o tempo dos titãs nos anos 80", elogia o autor de Vida Cigana.

Geraldo Espíndola, nascido em Campo Grande em 30 de novembro de 1952, é considerado como um dos artistas mais importantes e criativos de Mato Grosso do Sul. Dentre suas canções, "Vida Cigana", "É necessário", "Fala bonito" - que também conta com uma versão rock - "Cunhãtaí porã" e "Quyquyho", evidenciam a qualidade e criatividade do artista. Suas composições já foram gravadas por cantores como Almir Sater, Grupo Tarancón, Lecy Brandão, Raça Negra e O Bando do Velho Jack.

A sua discografia tem início com o demo de quatro canções: "Tetê e o Lírio Selvagem (Phillips, 1978)". Esta primeira iniciativa, na composição de uma banda de rock, propõe, claramente, a junção do som regional com a irreverência estética dos anos 70. O grupo acabou marcando história em Mato Grosso do Sul por ser a primeira banda de rock a lançar um disco por uma grande gravadora nacional. O disco apresenta Alzira, Celito, Geraldo e Tetê Espíndola, e também explica a raiz roqueira do compositor.

Em seguida, Geraldo participou dos discos: Prata da Casa (1982); Pantanal - Alerta Brasil (Reserva Nacional, 1987); Geraldo Espíndola (LuzAzul, 1990); Espíndola Canta (LuzAzul, 2003); 30 Anos Nesse Mato (2004) e Intimidade Acústica (2005). Atualmente, acompanham o artista os músicos Vilmar Ribas (baterista canhoto), Geraldo Damaceno (guitarra), Heitor Correa (baixo) e como participação especial, Geraldo Ribeiro (flauta).

Turnê
A convite da Organização não Governamental francesa Apreis, Geraldo tem realizado desde 2005 apresentações na Europa e Oriente Médio. Na França, em Paris, Geraldo destaca sua apresentação à atenta e curiosa platéia composta por acadêmicos e professores da Universidade de Sorbonne. Durante o show – em Voz e Violão - o compositor cantou e falou do Brasil, de Mato Grosso do Sul e de sua paixão pela vida, o amor e o Pantanal.

Dentre os sucessos apresentados, a música "A Fonte de Ilusão", composição premiada regionalmente, onde o músico põe lado ao lado as comemorações pagãs de São Nicolau (Santa Claus), tradicional no hemisfério norte, e o universo do homem pantaneiro, impressionaram a platéia. Vale lembrar que, na primeira estrofe da canção, Geraldo assegura que "Foi no céu do Pantanal que nasceu Papai Noel", e "suas renas foram bois".

Já na Tunísia, onde retornou pela segunda vez em maio passado, o cantor diz ter ficado supresso com a aceitação de seu trabalho. "As rádios disputavam minhas entrevistas, e os shows foram lotados", assegura. Geraldo não consegue explicar o sucesso no mundo árabe, mas arrisca um palpite: "Deve ser a descendência libanesa de meus avós", brinca, revelando que em breve deverá desembarcar novamente na região. "Devo voltar no ano que vem, quando é comemorado o ano do Islã na França", comenta.

O MS Canta Brasil conta também com patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Fundação Manoel de Barros (FMB) e da Uniderp FM.

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