A alta da soja foi amplamente sustentada pelo desempenho do óleo
De acordo com a TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a quarta-feira com a terceira alta consecutiva, impulsionada principalmente pela valorização do óleo de soja. O contrato de soja para novembro de 2024, considerado referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,06%, ou 11,00 centavos por bushel, atingindo o valor de US$ 1.053,25.
Já o contrato de janeiro de 2025 também registrou aumento de 1,06%, ou 11,25 centavos, encerrando o dia a US$ 1.071,25 por bushel. O farelo de soja para outubro subiu 0,77%, com elevação de US$ 2,5 por tonelada curta, atingindo US$ 326,1, enquanto o óleo de soja para o mesmo mês fechou em alta de 0,98%, ou US$ 0,43 por libra-peso, a US$ 44,38.
A alta da soja foi amplamente sustentada pelo desempenho do óleo de soja, que subiu quase 2% no dia, acompanhando o movimento de valorização do óleo de palma, seu principal concorrente nos mercados de alimentação e produção de biodiesel. O óleo de palma, por sua vez, registrou sua sexta alta consecutiva, impulsionado por fortes dados de exportações da Malásia, um dos principais produtores globais. Além disso, a movimentação dos fundos de investimento, que continuaram cobrindo posições vendidas desde o início da semana, reforçou a tendência de alta.
Fatores externos também contribuíram para a elevação dos preços, como o primeiro corte na taxa de juros nos Estados Unidos em quatro anos e as incertezas políticas em torno das próximas eleições americanas. Segundo Naomi Blohm, da Total Farm Marketing, esses elementos estimularam um movimento de balanceamento de carteiras antes do fim do trimestre, intensificando a cobertura de posições vendidas e colaborando para a alta nos preços da soja e de seus derivados no mercado internacional.
Agrolink - Leonardo Gottems
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