terça-feira, 27 de agosto de 2024

Expansão do setor mineral alavanca crescimento econômico em MS

 

                                           Mineração (Foto: Divulgação)


A expansão do setor de mineração em Mato Grosso do Sul está refletindo em crescimento no Valor da Produção Mineral (VPM). Entre 2020 e 2024, o Estado registrou avanços expressivos em várias frentes da mineração, destacando-se pela produção e beneficiamento de minérios como também a produção de água mineral. Com isso o VPM acumulado é de R$ 11,2 bilhões em quatro anos.


Somente a produção bruta de minerais no Estado alcançou a marca de R$ 334,48 milhões em receitas. Este valor representa a extração inicial dos recursos minerais, antes de qualquer processo de beneficiamento. 


De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o crescimento nesta área é um indicativo da riqueza mineral presente no solo sul-mato-grossense e da capacidade de extração eficiente das empresas atuantes na região.


"O beneficiamento, que envolve o processamento e a purificação dos minerais extraídos, atingiu um valor impressionante de R$ 11,21 bilhões. Este número não apenas destaca a importância do setor de mineração para a economia do estado, mas também evidencia o avanço tecnológico e a eficiência dos processos industriais implementados nos últimos anos", enfatizou o titular da Semadesc.


Outro destaque é a produção de água mineral, que somou R$ 143,25 milhões no mesmo período em MS. "A água mineral de Mato Grosso do Sul é reconhecida pela sua qualidade e pureza, e o aumento na produção reflete a crescente demanda por este recurso natural tanto no mercado interno quanto no externo", acrescentou.


Em 2023, Mato Grosso do Sul foi o 7° estado da Federação em arrecadação, totalizando R$ 80.427.301,81 em royalties da mineração. Os principais municípios produtores de minério, que mais contribuíram com a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) foram: Corumbá com R$ 223.756.741,00; Ladário com R$ 42.134.118,00; Bela Vista com R$ 20.472.025,00; Bodoquena com R$ 6.098.141,00; Miranda com R$ 4.392.392,00; Terenos com R$ 3.202,578,00 e Bonito com R$ 3.117.244,00.


Em Corumbá e Ladário se destacam as Empresa MCR Mineração S.A (Lhg Mining), 3 A Mining, Vetorial S.A, MPP Mineração, Votorantim Cimentos, especialmente pela produção de minério de ferro, manganês, calcários, argilas, areias, cascalhos e rochas ornamentais, sendo estes os municípios os mais maiores contribuintes para a arrecadação de CFEM no Estado.


De acordo com o coordenador de Mineração da Semadesc, Eduardo Pereira, o setor de mineração de Mato Grosso do Sul está em uma trajetória ascendente. 


"As perspectivas para os próximos anos são promissoras, com expectativas de novos investimentos, avanços tecnológicos e expansão das operações. Este crescimento contínuo não só fortalece a economia local, mas também posiciona Mato Grosso do Sul como um importante player no cenário nacional de mineração, nos próximos anos estaremos entre os cinco maiores estados mineradores do Brasil", reitera.


Ele destaca que o período de 2020 a 2024 foi marcado por um crescimento robusto e sustentável no setor de mineração de Mato Grosso do Sul. "Com valores expressivos de produção bruta, beneficiamento e produção de água mineral, o estado demonstra seu potencial e capacidade de se destacar no mercado mineral brasileiro. A continuidade deste desenvolvimento dependerá de políticas públicas favoráveis, investimentos contínuos e inovação tecnológica, garantindo assim um futuro próspero para a mineração sul-mato-grossense", afirmou.

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