sábado, 27 de julho de 2024

Festival do Sobá terá espaço "instagramável" com estrutura de Dragão oriental

 

                                           Divulgação/Afecetur



Tradicional não só pelas celebrações culturais mas também pela culinária japonesa, o Festival do Sobá de Campo Grande está com data marcada: entre 07 e 11 de agosto. Cheio de simbologia da cultura Okinawa que se mistura com história de Mato Grosso do Sul, o evento deste ano terá espaço instagramável, ornamentos temáticos e uma escultura de dragão oriental.


A festividade está na 17ª edição e pretende atrair público diverso com a presença de artistas regionais e nacionais como a dupla sertaneja César e Paulinho que vai se apresentar no estacionamento da feirona. 



Com palcos espalhados por toda a Feira Central, as atrações diárias serão variadas. No Palco Avenida, a abertura oficial fica por conta da apresentação musical da artista local Dany Cristinne, e pelo desfile da fanfarra da Escola Municipal Padre Thomaz Ghirardelli.


O festival também vai oferecer ao público, apresentações de dança de salão, Parada Nerd, berranteiros, e oficinas de patrimônio. Segundo Alvira Appel, presidente da Afecetur (Associação da Feira Central), um dos desafios deste ano foi organizar o evento com total autonomia financeira e custos abaixo da média. 


 "Estimamos um festival aquém da realidade que ocorre no país, por exemplo, festivais que custam dois, três milhões, o nosso chega na casa aí dos R$ 700.000,00 mil. Vai depender muito do que nós conseguimos fechar, mesmo com cantores nacionais. Mas a gente ainda está na expectativa de fechar algumas parcerias", detalha. 


Na edição passada, o evento reuniu mais de 80 mil pessoas em três dias de festa. Como o próprio nome, a festividade anual celebra o Sobá, prato típico e patrimônio cultural imaterial da Capital de Mato Grosso do Sul. 


"Estamos canalizando aqui um inventário do que a gente tem no dia a dia, por exemplo, por que que a comunidade oriental inteira usa o dragão? Por que quem é nascido do dragão é um diferencial. Temos um tori na feira e todas as simbologias nós estamos aqui contando e vamos ter expressões de patrimônio das mulheres presentes", afirma a gestora.


Simbologia oriental  

Tori -  é um termo específico na arquitetura japonesa e religiosa e considerado um portal tradicionalmente encontrado na entrada de santuários xintoístas (religião japonesa). Geralmente, consiste em dois pilares verticais com duas vigas horizontais no topo. É uma estrutura simbólica que marca a transição do mundo secular para o sagrado;

Tsuru - é a palavra japonesa para "grou" ou "garça", especificamente referindo-se à espécie Grus japonensis, que é uma garça encontrada no Japão e em outras partes da Ásia Oriental.

Dragão japonês - conhecido como "Ryū" em japonês, é uma criatura mítica e lendária que faz parte da mitologia japonesa. Os dragões japoneses são geralmente vistos como divindades benevolentes associadas à água, às nuvens e à agricultura. Eles são considerados guardiões de tesouros, protetores de vilas e símbolos de poder imperial.


Oficinas e outras atrações 

A programação do festival inclui uma vasta gama de atividades para todas as idades. Os visitantes poderão explorar exposições de orquídeas e flores, artigos de decoração e painéis educativos sobre o sobá.


A Feira Mulheres em Ação, promovida pelo Cooperativa Sicredi, a exposição de produtos do Projeto Made in Pantanal do SEBRAE e a Parada Nerd trarão uma diversidade de produtos e iniciativas, reforçando o caráter inclusivo e comunitário do evento.


Sócia-proprietária na Barraca Ichiban, Célia Arakaki é um exemplo de perseverança e trabalho. Na feira há mais de 60 anos, a empresária celebra as transformações no negócio da família, graças às ideias inovadoras dos filhos e sobrinhos que herdaram o legado da família. 


"Olha, minha mãe disse pra nós que minha avó começou nesse ramo de feira quando eu tinha apenas dois anos e já estamos na quarta geração. Então, aquela modernidade que está lá na nossa barraca hoje é devido à influência dos mais novos, que quiseram fazer uma coisa diferente na feira. Porque antes, todo mundo tinha a barraquinha daquele jeitinho mais simples e agora estamos evoluindo", afirma.


Sobá: Patrimônio Imaterial

Amantes da culinária japonesa em Campo Grande já conhecem o sobá, tradicional na cidade há mais de 100 anos. Considerada polo de imigrantes de Okinawa, no Japão, a cidade tem a iguaria como uma de suas maiores riquezas culturais, sendo a capital brasileira do sobá.


Em 2006, o prato, adaptado pela gastronomia sul-mato-grossense foi reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como bem cultural de natureza imaterial..




THAIS CINTRA

Com o Portal Correio do Estado

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