Eleições nos EUA: Kamala arrecada R$ 1,1 bilhão em uma semana de campanha, após desistência de Biden

 

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Campanha da democrata anunciou que 170 mil novos voluntários foram registrados após a troca de candidato

A campanha da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, anunciou neste domingo que arrecadou US$ 200 milhões (cerca de R$1,1 bilhão) em doações eleitorais em apenas uma semana, desde que o presidente Joe Biden se retirou da disputa. O valor é superior ao arrecadado por Biden nos três primeiros meses do ano e atesta a empolgação da mudança na cabeça de chapa governista.

Cerca de dois terços desse valor vieram de doadores que ainda não haviam contribuído, disse a campanha democrata, oferecendo outro sinal de que a ascensão de Kamala revigorou as possibilidades democratas na disputa. Na maioria das pesquisas nacionais o quadro é de empate técnico. Na última sexta-feira, pesquisa da Fox mostrou o mesmo em três estados decisivos para os governista em novembro: Wisconsin, Michigan e Pensilvânia. E pesquisa da ABC News neste domingo traz Kamala vista positivamente por 43% dos eleitores e o ex-presidente Donald Trump com 36%.

A campanha democrata informou ainda que inscreveu mais de 170 mil novos voluntários nos últimos dias. E mais dinheiro está chegando: Kamala realizará uma arrecadação de fundos em Houston, no Texas, na próxima quarta-feira, de acordo com cópia do convite revisada pelo New York Times.

Não está claro quanto dos US$ 200 milhões foi diretamente para a campanha, em comparação com os comitês aliados do Partido Democrata. Mas o número é relevante, mesmo em comparação com outros recordes registrados ao longo da disputa de 2024.

A campanha de Trump relatou ter arrecadado quase US$ 53 milhões (cerca de R$ 318 milhões) no primeiro dia após sua condenação criminal em maio, uma arrecadação que o ajudou a superar Biden naquele mês e apagar o que havia sido uma vantagem financeira significativa para o presidente.

— O ímpeto e a energia da vice-presidente são reais, assim como os fundamentos desta corrida: a eleição será muito acirrada e decidida por um pequeno número de eleitores em apenas alguns estados — disse um porta-voz da campanha de Kamala, Michael Tyler.

Por The New York Times — Washington