sexta-feira, 26 de abril de 2024

Energia solar pode ser fonte de renda

 

                                           Foto: Divulgação


Um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelou que cerca de 28 milhões de hectares de pastagens no Brasil estão degradados, de um total de 177 milhões de hectares. O Ministério da Agricultura planeja converter 40 milhões desses hectares em áreas agrícolas em uma década. Diante disso, o arrendamento de terras para usinas de energia solar surge como uma opção lucrativa e sustentável para os proprietários.



O mercado de energia solar no Brasil está em crescimento, com 35 gigawatts de potência instalada, representando 15,9% da matriz elétrica nacional. O setor rural já responde por mais de 15% da geração solar do país, apesar de representar menos de 9% das usinas de energia. “Essa é uma alternativa para quem possui uma área com baixa produtividade ou não sendo utilizada economicamente, mas também para os produtores rurais que desejam ter renda estável e atrativa de suas terras”, afirma Marciliano Freitas, CEO da Desperta Energia, empresa de base tecnológica focada no segmento de geração distribuída de energia. 


“Em média, as usinas que estão sob a legislação da GD 2, que são os projetos protocolados após o dia 7 de janeiro de 2023, registram um retorno acima das aplicações financeiras mesmo considerando o aumento progressivo da tributação previsto na legislação. Para projetos protocolados ainda na chamada GD 1 (antes de 07/jan/2023) o retorno é ainda maior, podendo passar de 20% ao ano dependendo da região onde se encontra a usina”, explica.


O aluguel de terra para usinas solares gera um retorno de aproximadamente R$2 mil por hectare, dependendo da região, sendo atrativo para áreas pouco produtivas. Essa renda estável proporciona um fluxo de caixa mais consistente para os proprietários, ajudando a cobrir os custos fixos da propriedade.


O arrendamento é feito por contrato entre o proprietário da terra e uma empresa, pessoa física, cooperativa ou associação de consumidores. O proprietário recebe uma compensação financeira pelo uso da terra, enquanto o arrendador não precisa arcar com os altos custos de aquisição do terreno para instalação dos painéis solares. Essas usinas geralmente são operadas por consórcios ou associações de consumidores, representados por uma empresa especializada na atividade.



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