domingo, 28 de abril de 2024

Diversidade cultural é destaque no Festival da Juventude

 

                                            Foto: Divulgação


O Festival da Juventude está em seu terceiro dia de evento e a programação tem diversas atividades culturais. A Universidade é sede do evento, realizado pela primeira vez, que segue até hoje, 28. Na manhã de ontem, o Festival promoveu exposição de livros, oficinas, mesa redonda, palestra e apresentações de circo. Já no período da tarde, foram realizados concursos, oficinas, lançamento de livro, peça de teatro e apresentação de mamulengos. 


Um dos destaques deste sábado foi o concurso de Cosplay e K-Pop. Um dos artistas que se preparava para subir no palco era Fernando Michels, que estava vestido como o personagem Orochimaru, da série de mangás e animes Naruto. “Para mim [o cosplay] é diversão, é para ter momentos felizes, mas também me ajuda muito em momentos tristes porque é uma forma de animar, de fazer amigos e de interagir”, conta. Para Fernando, a participação no FestJuv também é um momento de descontração. “Hoje eu vim pra me divertir, vim com os amigos que também estão vestidos do mesmo anime, então estamos esperando uma apresentação leve e divertida”.


Em um dos stands do Festival, Carlos Luz apresentava uma diversidade de discos e, em uma das prateleiras, uma vitrola tocava músicas regionais. Carlos conta que possui um projeto cultural voltado para preservação do acervo musical do Estado. “Eu venho há vinte e quatro anos pesquisando todos os riscos de vinil, digitalizando isso tudo. Não é só uma questão de colecionar o disco, é uma pesquisa sobre a música regional”. Para o colecionador, apresentar o passado é uma forma da juventude compreender o presente musical. “É uma preocupação que eu tenho em relação às futuras gerações, que elas possam conhecer o nosso regionalismo, nossa música. Nós precisamos valorizar o nosso passado cultural, e musicalmente estou fazendo minha parte”, avalia.


No Teatro Glauce Rocha, foi a vez do Grupo Casa subir ao palco com a peça Dom Casmurro. Para a diretora e fundadora do grupo Casa, Lígia Tristão Pietro, é fundamental mostrar para a população a possibilidade de se fazer arte no cotidiano. “É muito importante que a gente consiga entender que a arte e a cultura é uma coisa que a gente precisa consumir diariamente, e que está em todos os lugares. Tudo é cultura, e é muito importante que a gente tenha esse tipo de evento para mostrar mesmo esse dia a dia da arte”.


Na plateia do Glauce Rocha, o casal Norton Soares e Kevin da Silva Costa aguardava o início da apresentação. Segundo Norton, é fundamental iniciativas que promovam a cultura. “Eu vim porque é uma peça aberta ao público gratuitamente, qualquer um pode vir, é algo acessível. Campo Grande precisa de mais isso. Espero que todos vejam que deu certo, que teve sucesso e nos próximos anos possamos ter de novo. Isso acaba trazendo mais pra perto um público juvenil para o gosto pela arte, pela cultura”. 


Para Kevin, o FestJuv foi uma oportunidade para aproveitar uma programação diversificada. “Eu amo eventos culturais, de teatro, de apresentações, acho que faz muita falta aqui em Campo Grande.  Eu vivo procurando eventos desse tipo, achei muito interessante a programação. Então as expectativas para hoje estão altas, quero vir também nos outros dias”, conta.


Acompanhado de suas duas filhas, o professor do curso de Ciências Sociais, Daniel Miranda, visitava os stands preparados para exibir a arte em suas diversas manifestações. O professor conta que a diversidade de atividades foi um dos principais motivos para participar do evento. “No dia a dia a gente acaba tendo pouco contato com diversidade de arte, cultura e música. Então, esse tipo de festival permite a gente ter contato com outras expressões artísticas e musicais, então tudo isso acaba enriquecendo muito a formação delas”. 


Pelo segundo dia consecutivo, o grupo Casa Moringa encanta o público com a apresentação Vereda dos Mamulengos, um teatro de bonecos que conta a história de uma família de agricultores. Por trás dos mamulengos, está Fabíola Rezende, que ressalta a importância da intergeracionalidade no evento. “Foi uma experiência nova, estamos acostumados a apresentar só para crianças, mas aqui estamos tendo essa experiência incrível de poder dialogar com todas as idades e mostrar essa força da tradição cultural para todos que possam se interessar”, pontua.

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