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Folha Press
O número de declarações do Imposto de Renda entregues em 2023 bateu recorde, segundo a Receita Federal. Até as 18h40 desta quarta-feira (31), cinco horas antes do prazo final de entrega, o fisco havia recebido mais de 40 milhões de documentos.
O alto número é atribuído por José Carlos da Fonseca, supervisor nacional do programa do Imposto de Renda, a alguns fatores, como as facilidades trazidas pela declaração pré-preenchida e o alto número de declarações retificadoras, que, neste ano, representaram 8% do total.
Em 2023, a Receita esperava receber até 39,5 milhões de documentos, um aumento de 3 milhões em relação a 2022, quando a entrega final ficou em 36,3 milhões. No ano passado, porém, o total de retificações ficou em 2,4 milhões.
"Este ano, já são mais de 3.156.003, demonstrando que os contribuintes estão buscando informações para que possam regularizar suas declarações", afirma o órgão.
Do total, 61% vão restituir imposto, 20% devem pagar IR e 19% não têm nem imposto a restituir nem a pagar, que é quando o balanço final fica zerado.
O prazo final para declarar o IR acaba às 23h59 desta quarta. Quem atrasa o envio paga multa mínima de R$ 165,74, que pode chegar a 20% do imposto devido no ano. O cálculo da multa é de 1% ao mês sobre o imposto devido, limitado a 20%, mas, se após apurar a penalidade, o valor ficar menor do que R$ 165,74, é cobrado o mínimo.
No ano passado, o recorde atingido foi atribuído à defasagem na tabela do Imposto de Renda, que não era reajustada desde 2015, o que faz com que trabalhadores e aposentados paguem mais IR. Além disso, ao menos 500 mil declarantes com operações na Bolsa de Valores foram obrigados a entregar a declaração em 2022. Neste ano, esta regra mudou.
Em maio de 2023, o governo reajustou a faixa de isenção do IR, ampliando o número de contribuintes que deixarão de pagar imposto, mas os novos cálculos só vão se refletir na declaração de 2024.
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