O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou mais um relatório, em que salienta que as chuvas retornaram em todo o norte Europeu, aliviando as preocupações com a seca e melhoraram as perspectivas para os grãos de primavera e as culturas de verão. O extenso período de alta pressão que dominou o clima do continente no último mês finalmente dissipou-se, permitindo que chuveiros e tempestades (10-90 mm) tão necessários retornassem à Inglaterra, França central e do norte, Bélgica, Alemanha e Polônia ocidental.
Embora a umidade tenha chegado tarde demais para beneficiar os grãos de inverno e as oleaginosas que já estavam amadurecendo, é provável que as culturas de inverno (final do ano) que se desenvolvem mais tarde em áreas de cultivo orientais tenham visto suas perspectivas de rendimento melhorarem. A chuva foi mais leve (2-25 mm), embora ainda benéfica para o trigo de inverno e a canola no preenchimento na Polônia nordeste, Escandinávia e Estados Bálticos.
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Por outro lado, chuvas moderadas a fortes e tempestades (10-100 mm, localmente mais) no norte da Espanha, sudoeste da França, Hungria e no vale do rio Danúbio inferior mantiveram as condições favoráveis para as culturas de verão que se aproximam da reprodução, mas causaram inundações repentinas locais.
O clima seco retornou na maior parte da Itália, proporcionando um alívio das recentes chuvas e facilitando o desenvolvimento das culturas de verão. Condições secas também se estabeleceram na Península Ibérica do sudoeste, onde as recentes chuvas intensas proporcionam alívio da seca de longo prazo, melhoram os níveis dos reservatórios e aumentam os suprimentos de irrigação.
As temperaturas na Europa ficaram em média 2 a 5°C acima do normal em quase todos os lugares, exceto na Grécia (temperaturas próximas do normal), acelerando a maturação das culturas de inverno no norte e levando as culturas de verão à reprodução no sul. Apesar do calor anômalo, as temperaturas extremas (35°C ou mais) ficaram confinadas ao sul de Portugal, sudoeste da Espanha e alguns bolsões isolados no sul da Hungria e nos Bálcãos.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete
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