sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Soja volta a reagir nos mercados do Sul

 


                                           Abiove

O Paraná teve dia dividido, enquanto o porto se valoriza em R$ 2,00/saca

Por:  -Leonardo Gottems


Os preços da soja no estado do Rio Grande do Sul voltam a reagir e alguns negócios no spot e no longo prazo são realizados, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado volta a reagir e vendas ocorrem tanto em mercado de modalidade SPOT quanto em negócios com prazos mais largos (maio/2023), em especial na modalidade PAF (preços a fixar) com tradings. Ademais, preços foram bons hoje, com tradings dominando o cenário e forçando as esmagadoras a comprar com margens negativas”, comenta.



“No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 190,00 para meados de outubro, marcando alta de R$ 3,00/saca. O mercado volta a se recuperar para níveis interessantes para o produtor, embora ainda abaixo das melhores ofertas de semana passada. No interior, ótimas altas gerais, equivalentes ao porto, com a maior parte das regiões se valorizando em R$ 3,00/saca e apenas Santa Rosa passando as demais e se valorizando em R$ 4,00/saca e indo a R$ 184,00. Os preços das demais foram: Ijuí a R$ 184,00, Cruz Alta a R$ 185,00 e Passo Fundo a R$ 185,00”, completa.


Os preços se elevam novamente no estado de Santa Catarina, que tem alguns negócios efetuados. “Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca alta bastante expressiva de R$ 7,00/saca e vai a R$ 192,00 para 31/09. Após uma semana inteira no negativo os preços voltam a posições de interesse para o produtor e a pontos bastante competitivos em relação aos demais estados do Sul, saíram negócios tanto em SFS quanto em Paranaguá para a mercadoria catarinense, estima-se volumes de até 1.000 toneladas”, indica.


O Paraná teve dia dividido, enquanto o porto se valoriza em R$ 2,00/saca. “Paraná segue em situação complicada em termos gerais, embora o porto e a região de Ponta Grossa tenha se elevado, outras regiões mais dependentes das fábricas seguem perdendo valor, nesse cenário de margens negativas. Ainda assim, os preços estão a níveis relativamente competitivos, mas o produtor segue segurando com esperança de maiores altas, diante de valorizações que advém muito mais de especulação cambial do que de fundamentos, deixando grande insegurança ao vendedor”, conclui.

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