O comportamento das lavouras em 2021 e o bom desempenho nesta safra nos estados centrais, diferencia bastante do que está ocorreu nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, respectivamente o segundo e terceiro produtores de grãos, duramente afetados pelo clima no ano passado. Com isso houve desestimulo às exportações em 2021 que apresentaram forte redução, 40,6%, quando comparadas com o exercício de 2020. No ano passado foram exportadas 20,4 milhões de toneladas contra 34,4 milhões de toneladas no ano anterior. Os dados constam no Boletim Logistico da Conab.
Mato Grosso, que tem como principal destinação os portos do Arco Norte, apresentou redução de 31,6%, quando comparado com o exercício passado. O estado caiu de 22 milhões de toneladas exportadas em 2020 para 15 milhões de toneladas no ano passado. Em segundo lugar veio Goiás que baixou de 3,9 milhões de toneladas para 994 mil toneladas. Em terceiro aparece o Maranhão com queda de 1,1 milhão de toneladas para 826 mil toneladas.
A maior parte do milho saiu pelos portos do Arco Norte, onde os desempenhos dos terminais de Itaqui (MA), Barcarena (PA) e Itacoatiara (AM) foram superiores ao ocorrido no período anterior. Saíram por ali 9,6 milhões de toneladas ou 47% do total.
Estima-se, na medida em que os preços internos se mantêm acima da paridade, causando um intenso redirecionamento do fluxo de exportação para o mercado interno, com aumento dos deslocamentos no sentido norte-sul e das importações, oriundos particularmente da América do Sul, priorizando o uso do cereal na produção de proteína animal, de elevado valor agregado.
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