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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Fernando Corrêa foi positiva, já na Esplanada há ressalvas, avalia secretária
Daiany Albuquerque
Para a titular da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), Melissa Tamaciro, os três primeiros dias de Carnaval na avenida Fernando Corrêa da Costa podem ser avaliados “muito positivamente”, segundo ela por conta da tranquilidade, com poucas ocorrências. Entretanto, perguntada se o mesmo se aplicava a região da Esplanada Ferroviária, a secretária disse que “não poderia usar a palavra tranquilo”.
“Não tivemos nenhum incidente grave ou coletivo que pudesse nos chamar extrema atenção (na Fernando Corrêa). Tivemos muita paz, tranquilidade, as famílias puderam ir sem problemas. Na Esplanada a gente teve algumas ocorrências, que a imprensa mesmo noticiou”, limitou-se a dizer.
Entre o final da noite de segunda-feira e madrugada de ontem, uma briga generalizada e tiroteio acabou com um rapaz ferido e uma conveniência saqueada. O fato aconteceu na rua Antônio Maria Coelho, após o término da apresentação do bloco Capivara Blasé, na região da Esplanada Ferroviária.
Segundo relatos, depois que o evento havia terminado, houve uma confusão na conveniência, em que o segurança teria atirado contra jovens que estavam no local. O grupo revidou com pedras e outros objetos e o local acabou saqueado. O comerciante estima prejuízo de R$ 10 mil.
Durante o tumulto, um jovem de 19 anos que estava no local foi ferido por um disparo no pé esquerdo e tornozelo direito. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e atendido na Santa Casa.
Na madrugada anterior, lojas da 14 de Julho tiveram vidros quebrados e, por conta disso, avaliavam entrar já Justiça contra a Prefeitura de Campo Grande.
“Depois que o Carnaval terminar, nós vamos sentar com todas as entidades envolvidas e fazer um balanço de tudo o que aconteceu. Eu acho o Carnaval uma manifestação popular importante, mas deve sempre haver integração com as forças policiais para que haja segurança”, avaliou Tamaciro.
Perguntada se poderia haver mudanças para o próximo ano em relação ao Carnaval feito na região da Esplanada, a secretária afirmou apenas que tudo será avaliado com a presença de todos os representantes. “É imprescindível que o plano de segurança montado pelas forças policiais seja mantido por quem está organizando essas festas”.
Na região da Esplanada a Prefeitura colabora com a cedência de banheiros químicos e a presença da Guarda Civil Metropolitana, entretanto, a responsabilidade pela realização fica por conta dos blocos que lá se apresentam. Para os dias de folia, as entidades contrataram, inclusive, segurança particular para atuar durante o evento, mas os problemas têm ocorrido, principalmente, depois que ele termina.
Para Silvana Valu, líder do Cordão Valu, que se apresentou na terça-feira, último dia de Carnaval, um dos motivos para os problemas apresentados na dispersão é a forma como é feita essa abordagem das forças policiais.
“A dispersão também temos algumas coisas a pontuar, é preciso ser conversado, é preciso ver de uma outra forma, hoje e ontem à noite nós já tivemos uma conversa, para que a gente consiga amenizar as coisas para que não acabe acontecendo o que acontece no final. É preciso também fazer uma abordagem mais humanizada, todo Carnaval tem que terminar desse jeito? Acho que não precisa, Corumbá está aí, Salvador, a gente vê que não precisa terminar desse jeito. A gente tem que evoluir muito nesse sentido”, disse.
De acordo com Valu, para hoje a própria Guarda Metropolitana se dispôs a “fazer uma contrapartida antes da dispersão, para que tudo corra bem no final”. “Onde as pessoas possam sair do evento com tranquilidade, que não tenham medo de voltar, essa é uma discussão que está sendo feita há muito tempo. É difícil você interferir numa questão de segurança pública, mas a gente vê que não está legal. As pessoas querem ficar nas ruas, se divertir, não sei como se fazer, mas sei que a gente precisa mudar essa dispersão. A gente precisa encontrar um equilíbrio para que o Carnaval acabe sempre bonito”, completou.
No último dia de folia, o Cordão Valu teve apenas apresentações femininas, tanto na charanga de marchinhas durante a matinê, quanto nos shows. No início da noite se apresentaram o grupo Sampri, depois entraria no palco Jucy Ibanez e fechando a noite será a vez de Negabi.
CARNAVAL PARA TODOS
De acordo com a secretária, por dia os shows na avenida Fernando Corrêa da Costa tem levado cerca de 40 mil pessoas diariamente e a previsão é de que no encerramento, que acontece nesta terça-feira, não seja diferente.
Além da folia, a secretária afirmou que o período também foi aproveitado por quem não gosta de Carnaval. “Esse foi o Carnaval que tivemos mais opções para quem não gosta de folia, mas que não quer sair da cidade. Fizemos um pedal de Carnaval, por exemplo, que a previsão era reunir 30 pessoas e deu mais de 70”.
Ainda conforme Melissa, em outras atividades também houve adesão maior que o esperado, como o Carnaval Holístico, teve cerca de 150 participantes e o Carna Reggae, que levou aproximadamente 400 pessoas.
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