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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Menina picada por escorpião volta a respirar por aparelhos
FÁBIO ORUÊ E RICARDO CAMPOS JR.
Menina de 6 anos picada por um escorpião na véspera de natal segue internada e respirando com a ajuda de aparelhos. Segundo médico coordenador do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), Sandro Benites, ela apresentou uma melhora no pulmão, de ontem para hoje, quanto foi estubada - processo para retirada dos tubos de respiração -, mas precisou retornar com a respiração tubular, durante a madrugada desta quinta-feira (26).
“Durante a madrugada a gente tentou tirar um pouquinho da medicação, que atua direto na frequência cardíaca, que atua na força de contração do coração; e ela não suportou então ela voltou pro tubo”, disse ele. Benites explicou que a criança deve continuar neste assim por pelo menos três dias para ser feita uma nova tentativa de retirada dos tubos, na segunda-feira (30).
Segundo ele, a expectativa é positiva já que ela vem melhorando gradativamente. “Ela vai evoluir bem, tanto que o ecocardiograma mostrou 30% da função cardíaca e hoje [quinta-feira] estava próximo a 40%, então teve uma melhora importante; lenta, mas 10% de melhora em relação a ontem”, contou ele ao Correio do Estado. Um novo ecocardiograma deve ser feito no fim de semana para saber as condições da nova tentativa de estubação.
SOCORRO RÁPIDO
A menina, mesmo sendo um caso grave, teve a sorte de ter um socorro imediato, após ser picada pelo animal peçonhento, no quintal de um vizinho, no Jardim Campo Nobre. Quando percebeu o que havia ocorrido a mãe da criança procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e posteriormente foi transferida para o Hospital Regional, onde está atualmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. “O socorro foi muito rápido, o médico [da UPA] me ligou e eu já orientei transferir para o Regional. Ela chegou consciente no hospital, mas logo depois entrou em coma”, contou Benites.
Ainda de acordo com o médico, a ação rápida da mãe da criança colaborou. “A mãe na hora buscou uma unidade de saúde e levou o animal, o que ajudou bastante na hora”. A criança tomou o dobro da dose do soro antídoto para o veneno do animal. “Ela está em um estado extremamente grave e delicado e não saiu do risco. A chance de sobrevivência aumenta a cada hora que passa”, ressaltou o médico.
CUIDADOS
De acordo com o profissional da Saúde, para evitar que este tipo de animal apareça em casa é necessário manter o terreno limpo, principalmente en caso de entulhos ou materiais de construção, utilizar ralos com tampa ou então telas. “As pessoas que moram em bairros com alta incidência do animal precisam tomar ainda mais cuidado. Afastar o berço ou a cama da parede, chacoalhar as roupas antes de vestir, principalmente das crianças, os sapatos também. Utilizar água sanitária na limpeza também afasta o animal”, destacou.
Segundo Benites, o aumento de casos envolvendo escorpiões ocorre por conta da canalização dos córregos e da facilidade que o animal tem em se adaptar ao ambiente urbano. “O predador natural do escorpião são os pássaros, mas com o córregos canalizados eles se proliferam mais rápido e perdem o seu predador. Não é só em Campo Grande que aumento o número de acidente, mas é a nível Brasil”.
O médico destaca que em casos de crianças picadas pelo animal o risco é ainda maior. “A prevenção é sempre a medida mais eficiente para evitar o acidente. A espécie e a idade do escorpião contam muito para a intensidade do ataque em criança é muito grave”.
Com informação do Portal Correio do Estado
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