terça-feira, 26 de novembro de 2019

Soja: “Não vemos nenhuma razão para ser comprador”

Por:  -Leonardo Gottems

O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na segunda-feira (25.11) baixa de 4,50 pontos no contrato de Janeiro/20, fechando em US$ 8,925 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 3,75 e 4,50 pontos.


Os principais contratos futuros abriram a semana com mais perdas no mercado norte-americano da soja, com falta de atitudes concretas da China ainda pressionando Chicago para baixo. “O quadro fundamental e técnico para este commodity permanece negativo. Não vemos nenhuma razão para ser comprador, diante da baixa volatilidade e tendência refreada”, afirmam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com a ARC Mercosul, a semana inicia com atenção dobrada sobre a relação política entre Estados Unidos e a China: “Na última madrugada, o Governo Chinês afirmou estar concluindo a aplicação de Leis de Proteção Intelectual no país, o que era o último requisito de Trump frente a ‘Fase 1 do Acordo Comercial’. A ARC lembra que um pacto político parcial entre os países irá resultar em um otimismo generalizado frente o reaquecimento econômico global, entretanto não resolverá o gigantesco problema do mercado do setor agrícola norte-americano”.

“Os produtores norte-americanos continuarão com enormes pilhas de grãos em estoque para ser vendido – a retração tarifária não garante demanda, que segue enfraquecida pela crise sanitária da febre suína na Ásia. No Brasil, as ofertas futuras da soja seguirão acompanhando as oscilações do câmbio, que deve manter na zona de conforto acima dos R$ 4,00. Governo brasileiro anunciou que irá desacelerar a tentativa de controle da volatilidade da moeda até o fim do ano”, concluem os analistas da ARC Mercosul.

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