O mercado físico do milho acabou registrando um aumento de mais 0,66% nesta quinta-feira (24.05). De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, a demanda de exportação favorável para o Brasil foi fundamental para esse aumento.
“Boa demanda de exportação continua mantendo os preços do mercado físico firmes no Brasil. Os preços médios em Campinas, principal praça de referência do cereal no país, aumentaram 0,66% nesta quinta-feira para R$ 35,23/saca, elevando os ganhos do mês para 7,11%, depois que o mercado se inverteu para cima”, comenta o especialista.
Além disso, os preços efetivos nos diversos mercados do interior do país também se mantiveram firmes, com exceção dos estados de Goiás e Minas Gerais, onde houve pequena queda nesta semana. “Mas, houve boa movimentação no RS, por exemplo, onde houve negócios hoje a R$ 41,00 cif Rio Grande, entrega fevereiro pagamento março de 2020”, informa.
No caso específico do Rio Grande do Sul, é possível afirmar que o estado já colheu 95% de sua safra, um número consideravelmente acima dos 86% que foram registrados no mesmo período do ano anterior. “A colheita do milho, um pouco avançada no RS, garante o plantio do trigo na janela correta. Este já é um grande benefício aos triticultores do estado, onde o clima está úmido. Se parar de chover em alguns dias, será bom para o início do plantio de trigo”, completa Pacheco.
“A situação do quadro de oferta e demanda de milho no RS deverá ser muito favorável aos agricultores nesta temporada, ao contrário do que se pensava há três semanas. Não mais que de repente, com o acirramento inesperado da disputa comercial entre EUA e China voltou a demanda de exportação e a demanda do mercado interno a médio e longo prazos (dando sustentação aos preços) para atender aquele país Asiático", conclui.
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