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sexta-feira, 1 de março de 2019
Nova Previdência pode ser última chance para evitar perda de direitos adquiridos, diz Marinho
Reuters
O secretario de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou nessa quinta-feira que a aprovação da reforma da Previdência é a última oportunidade que o país tem para reestruturar seu sistema de aposentadorias e pensões sem ter que avançar sobre direitos adquiridos pelos brasileiros.
Para Marinho, dada a complexidade e a abrangência da reforma, um dos grandes desafios do governo será fazer uma boa comunicação das propostas e suas vantagens. A idéia, segundo ele, é que após o Carnaval, o governo disponibilize um site, um call center e um aplicativo com simuladores para a população tirar suas dúvidas.
“O primeiro passo para atingir que o conjunto da sociedade, do mercado e da economia cresça de forma sustentável e pujante é a reforma”, disse ele em evento promovido pelo Jornal O Globo, no Rio de Janeiro.
“Temos a convicção que essa é a última oportunidade que a sociedade terá de fazer uma reestruturação no sistema previdenciário sem que avancemos em direitos adquiridos e sem que o Brasil entre numa recessão ou dificuldade econômica que vai vitimar o conjunto da sociedade”, acrescentou Marinho.
Por outro lado, ressaltou, se a reforma for aprovada, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tem um potencial de crescimento de cerca de 3 por cento nos 12 meses seguintes.
Marinho admitiu que pontos da reforma que mexem com vencimentos das camadas mais pobres, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural, estão entre os mais sensíveis, mas frisou que a proposta feita pelo governo fará com que os mais ricos paguem mais e os mais pobres paguem menos para poderem se aposentar.
Sobre o pleito de governadores estaduais receberem apoio financeiro do governo federal para apoiar a reforma, Marinho disse que a área econômica montou um grupo de trabalho para estudar o apoio, mas frisou que sem a aprovação das mudanças na Previdência essa ajuda não tem como se viabilizar diante da fragilidade fiscal do país.
Reportagem de Rodrigo Viga Gaier
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