quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Preços do milho caem pelo segundo dia consecutivo

Por:  -Leonardo Gottems

Os preços do milho no mercado referencial de Campinas caíram pelo segundo dia consecutivo, nesta terça-feira, segundo a pesquisa diária do Cepea. O preço médio ficou em R$ 41,18/saca, apresentando queda de 0,27%. Mesmo assim, os ganhos de fevereiro do milho no mercdo físico foram de 7,16%.

Na avaliação da XP Agro, o feriado de carnaval impulsiona as especulações no mercado físico de milho. Nesta terça-feira (26), a amostra da XP Investimentos registra R$ 41,53/sc, a maior referência do último semestre (desde 29/08/19). “Como vem sendo ressaltado, o ponto chave ainda é a regionalização dos lotes”, analisa Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.

“Intermediários e Silos sobem as pedidas pelos lotes de diferido, sabendo as Indústrias e Granjas deverão fazer estoques para o feriado. Aos poucos o movimento vai se consolidado, embora compradores busquem diversificar os lotes com milho tributado e sair das mãos dos locais”, explica Pacheco.

De acordo com informantes da T&F, por mais os fretes encareçam a busca pelo milho do MS e de GO, ainda vale mais a pena a compra do milho tributado. “Os preços elevados, inclusive, chamam atenção de empresas para washout’s ou importações de países vizinhos (Argentina e Paraguai). Nos portos, as indicações para mar/19 e mai/19 estão em R$ 38,50/sc e R$ 39,00/sc, significativamente abaixo dos contratos da B3. Os lineup’s de fevereiro indicam 0,90 MT de milho, enquanto para soja apontam 7,23 MT”, conclui o analista.

FUNDAMENTOS

Importante produtor e consumidor de milho, o Paraná já colheu 32% da safra de milho de verão, equivalente a 115.407 hectares, dos 356.022 ha que pretende colher, segundo o relatório semanal de acompanhamento das culturas divulgado nesta terça-feira pelo Deral-PR. “A situação da parte ainda não colhida é de 83% bom e 17% média, com zero ruim”, ressalta a T&F.

“Sobre as fases em que se encontram as lavouras da primeira safra, 63% estão em maturação, 35% em frutificação e 1% em floração, o que significa que, em breve, teremos uma grande disponibilidade de produto novo à disposição do mercado”, aponta Pacheco.

Já no que se refere à segunda safra, ou Safrinha, já estão plantados 1,6 milhão de hectares, dos 2,20Mha esperados para a safra de inverno no estado. Sobre a situação destas lavouras, 93% estão em condições boas, 7% médias e zero ruins. A expectativa do estado é de uma produção de 3,19 milhões de toneladas na primeira safra (aumento de 10,6%) e de 12,06 milhões de o toneladas na segunda safra (aumento de 34,4%).

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