terça-feira, 27 de novembro de 2018

Chefe de gabinete de conselheiro do TCE é alvo da operação Lama Asfáltica

Com mandado de segurança, PF teve acesso ao gabinete do advogado

Por IZABELA JORNADA

Félix Nunes da Cunha, advogado e chefe de gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) Osmar Jerônymo, é alvo da 6ª fase da Operação Lama Asfáltica deflagrada na manhã desta terça-feira (27), em Campo Grande. Com mandado de segurança, policiais federais entraram na sala do advogado e acessaram o computador e documentos de Cunha. O advogado não foi preso e policiais não levaram nada do gabinete do conselheiro.

Com a ajuda de assessor de gabinete, policiais tiveram acessos as dependência do TCE e entraram na sala do advogado. Uma equipe da Receita Federal e outra da Polícia Federal (PF) participaram dos trabalhos.

Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Vinícius Paiva e Wilson Tavares acompanharam a operação para garantir as prerrogativas do advogado envolvido nas investigações.

Jerônymo foi indicado pelo ex-governador André Puccinelli em 2014 como conselheiro do TCE, anteriormente, o conselheiro foi secretário estadual de Governo e chefe da Casa Civil durante os mandatos de Puccinelli. Jerônymo também já foi assessor do ex-governador. A informação é de que o conselheiro não tem relação nenhuma com a operação da PF. O TCE também declarou que o tribunal não está envolvido e que o caso é algo pessoal do chefe de gabinete, advogado Félix Cunha.

OPERAÇÃO
A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União (CUG) e a Receita Federal deflagraram hoje (27) a sexta fase da Operação Lama Asfáltica, intitulada Computadores de Lama. As investigações foram baseadas, em especial, nas remessas clandestinas de valores para o exterior realizadas por proprietários de empresas de informática investigadas nas fases anteriores.

São cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas. As ações ocorrem em Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos, com a participação de mais de 100 policiais, 17 servidores da CGU e 33 servidores da Receita Federal.

A Computadores de Lama decorreu da análise dos materiais já apreendidos, com resultados de fiscalizações e exames periciais. As investigações também têm como objetivo apurar desvios de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações em contratações de serviços de informática, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, simulação de contratos para o repasse de recursos ilícitos e utilização de “laranjas” para ocultação patrimonial.

Os prejuízos causados ao erário, somando-se todas as seis fases da Operação lama Asfáltica, consideradas as fraudes, valores concedidos irregularmente como benefícios fiscais e as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa passam dos R$ 432 milhões.Com informação do Portal Correio do Estado

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