quarta-feira, 26 de setembro de 2018

PF investiga denúncia de acadêmico que ameaçou professores e alunos

                                                 Foto:Divulgação


A superintendência da PF (Policia Federal), de Campo Grande, recebeu denúncias de servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), sobre atitude de um acadêmico do curso de Artes Visuais que ameaçou professores e colegas de morte, além de ter depredado uma instalação artística localizada no corredor central do campus, nesta segunda-feira, dia 24 de setembro, no período matutino.

Por meio de nota oficial, a PF informou que recebeu denúncias por parte de servidores públicos federais, das situações de ameaça e depredação do patrimônio público. Segundo o jornal Correio do Estado, caso as queixas sejam confirmadas, a investigação ficará sob a responsabilidade dos agentes federais.

Uma mensagem que está circulando nos grupos do aplicativo whatsapp informa que o autor depredou o trabalho de arte e ainda assinou o ataque.

"O autor possui histórico de agressividade e é conhecido por ser extremista relogioso. Aparentemente é uma pessoa surtada, e por conta disso, tomem cuidado hoje e amanhã ao andar pela UFMS, nao fiquem sozinhos, principalmente as meninas. A segurança foi reforcada e estao alertas", destaca o recado compartilhado no dia 24 de setembro.

DEPOIMENTOS

Estudantes que conhecem o aluno acusado de atos de vandalismo confirmaram o comportamento estranho e agressivo, que culminou em ameaça de morte na sala de aula.

Um dos depoimentos relatou que " Ele vai nas aulas de cerâmica armado, exalta mortes violentas e estupros e deixa todos apreensivos e com medo. A impressão é de que sofre de problemas mentais e por isso precisa ser controlado", reforçou o rapaz que pediu para não ser identificado.

Uma jovem que também estuda com o acusado disse que ele "destruiu os trabalhos feitos pelos colegas de sala, entrou no banheiro feminino e colocou pedaços de frango, roupas sujas de sangue e deixou um recado dizendo que as meninas que usam roupas curtas (shorts e saias) devem morrer", explica.

A mãe de aluno também se pronunciou e disse que estava com medo de levar o filho para a universidade, em razão da situação.

"Como pode acontecer isso dentro da instituição e ninguém fazer nada? Me disseram que ele sempre foi violento, mas, que piorou nos últimos tempos. É uma pessoa que precisa ser interditada e que pode machucar os outros estudantes", desabafa e diz que não deixará o filho voltar para as aulas enquanto não resolverem a situação.

A reitoria da UFMS esclarece que já determinou abertura de uma sindicância para apuração dos fatos ocorridos na Faculdade de Letras, Artes e Comunicação e informou a situação à Polícia Federal. A fim de auxiliar as investigações serão encaminhadas imagens de câmeras de segurança, instaladas na Cidade Universitária.

"O Festival Mais Cultura, que realiza mais de 500 intervenções, continua até domingo, dia 30. A Universidade preza pelo pluralismo de ideias e diversidade de opiniões, e é contrária a manifestações de ódio e de intolerância, de qualquer natureza. Para aumentar a conscientização entre a comunidade universitária, foi criada a campanha Eu Respeito, que a cada mês trata de um tema, fortalecendo a integridade e a interação no ambiente acadêmico. Informamos que não há motivos para alardes ou pânico", informou a assessoria de comunicação.

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