O transporte fluvial de cargas sobre a Hidrovia Paraná – Paraguai, localizada na Argentina, tem tido um forte crescimento e é estratégico para o Mercosul. Este foi o destaque do economista-chefe da Bolsa de Comércio de Rosario, Júlio Calzada. Segundo Calzada, o uso dessa via pode aumentar em 20 milhões de toneladas em cinco anos frente aos atuais níveis de transporte de carga. O uso da hidrovia já representa 20% das cargas totais do país.
“O crescimento das cargas nos próximos cinco anos, desde Santa Fe até o Norte da hidrovia, estará no Brasil, com cinco milhões de toneladas de grãos, e na Bolívia que passará de cinco a 15 milhões de toneladas de minério de ferro a transportar, com o que se somarão 20 milhões de toneladas”, disse Calzada.
O economista destacou que em 1995 os barcos saíam do porto de Rosario com 22 mil toneladas de carga e hoje fazem com 47 mil. Na época, a capacidade de moagem da Argentina era de 50 mil toneladas por dia em todas as fábricas de óleo e azeites. “Atualmente temos uma capacidade de 200 mil toneladas”, afirmou.
Calzada ainda explica que o aprofundamento do uso da hidrovia é uma decisão acerta do atual governo. De Rosario para o Norte da Hidrovia saem 21 milhões de toneladas e aproximadamente 74 milhões vão deste porto ao Oceano Atlântico, principalmente com farelo e óleo de soja.
Na Argentina o total de cargas transportadas é de 450 milhões de toneladas e, portanto, 20% é transportada através da hidrovia. O grande potencial de crescimento é justamente porque os envios do Brasil através dessa forma é muito baixa. A Paraná-Paraguai se conecta com Rio Tietê e o principal polo produtivo do Brasil, no estado de São Paulo.
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