terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Novos empreendimentos injetaram R$ 41 bilhões em MS



Os novos empreendimentos instalados em Mato Grosso do Sul beneficiados pela política de incentivos fiscais do Estado investiram mais de R$ 41 bilhões nos últimos três anos.

De acordo com a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), com a convalidação dos incentivos fiscais, a expectativa é de que o processo de industrialização acelere.

No mesmo período, apesar da crise econômica, o Estado se destacou na geração de empregos. Entre 2015 e 2017, se instalaram no Estado 126 novas empresas, com oferta de 18 mil postos de trabalho.

Segundo a área econômica do Governo do Estado, os indicadores sociais e econômicos, desempenho da gestão pública e outros fatores inerentes à logística e potencialidades naturais, criaram um ambiente de confiança, levando a iniciativa privada a manter os investimentos mesmo na fase mais aguda da crise.

Com R$ 8 bilhões na sua segunda unidade, a Fibria lidera os investimentos no conglomerado de celulose em Três Lagoas. Na Capital, a ADM impulsiona o Núcleo Industrial com investimento de R$ 650 milhões em uma unidade de produção de proteína texturizada.

Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o melhor resultado da política de incentivos está na cadeia industrial.

O PIB (Produto Interno Bruto) da indústria de transformação teve uma taxa média de crescimento de 14,8% ao ano. “A indústria está se consolidando em Mato Grosso do Sul, atraindo outros investimentos na cadeia produtiva, fortalecendo os negócios para as empresas já instaladas, gerando emprego, renda e divisas”, diz Verruck.

Estimativa de crescimento do Brasil em 2018 indica alta de 2,66% para o PIB deste ano, conforme análise do mercado financeiro, divulgada pelo Banco Central. Até o início do ano, a projeção do crescimento era de 2,7%.

A indústria, que incorpora os principais elos da cadeia do agronegócio (agricultura, bovinocultura, suinocultura e avicultura), é o segmento com maior impacto no PIB do Estado. O conjunto de riquezas (bens e serviços) de Mato Grosso do Sul, segundo dados de 2015 divulgados pelo IBGE, soma R$ 83,1 bilhões.

O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, vê um cenário positivo em 2018, projetando crescimento de 8,8% do PIB industrial, que deve pular de R$ 20,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões. “Estamos muito confiantes na retomada do crescimento da economia e da indústria em 2018, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde temos a particularidade de um ambiente favorável para investimentos”, diz o presidente da Fiems.

De acordo com a Fiems, a indústria deve movimentar R$ 38,5 bilhões, 6,8% a mais do que em 2017. Ele destaca a segurança jurídica com a convalidação dos incentivos, estabilização das taxas de juros e crédito do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e mudanças na legislação trabalhista como ações favoráveis à retomada do crescimento.

As exportações também tomarão novo fôlego em 2018 e devem totalizar US$ 3,08 bilhões, 5% a mais do que o volume das exportações do ano passado. O presidente da Fiems destaca, ainda, as previsões de crescimento do número de estabelecimentos industriais no Estado.

Sérgio Longen calcula que Mato Grosso do Sul vai fechar o ano com 7.450 empresas ativas, 2,8% a mais que em 2017. O setor deve garantir neste ano emprego com carteira assinada a 124.450 trabalhadores.
A política fiscal é a grande âncora do desenvolvimento econômico. Para o Governo do Estado, os investimentos devem levar em conta a vocação regional, o potencial produtivo de cada região, agregando valor aos produtos locais.

Comércio

O presidente da Fecomércio-MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul), Edison Araújo, diz que a política de incentivos e a desburocratização de processos de licenciamento ambiental adotadas pelo Governo do Estado “contribuem com a competitividade” das cadeias produtivas e das empresas. Segundo ele, a expansão industrial é preponderante para o crescimento do comércio e setor de serviços.

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