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domingo, 26 de novembro de 2017
Morre aos 66 anos o compositor Chico Salles, ícone de forró, samba e cordel
FolhaPress Foto:Reprodução
O cantor e compositor Chico Salles Araújo morreu neste sábado (25), aos 66 anos, no Rio de Janeiro.
A causa da morte foi insuficiência respiratória, e a informação foi confirmada pela família do artista em seu site oficial e nas redes sociais.
Ele deixa mulher, três filhos e netos, e o velório aconteceria neste sábado (25), a partir das 15h, no Cemitério do Catumbi.
Chico Salles era um nome forte da cultura nordestina no Rio, em particular do forró e da literatura de cordel.
Nascido em Sousa, na Paraíba, em 1951, Salles viveu durante dois anos em Fortaleza (CE) e depois se mudou para o Rio de Janeiro, em 1970, onde se formou em engenharia e desenvolveu sua carreira artística.
MUSSUM E CORDEL
Na capital fluminense, Salles, referência em gêneros como xote, xaxado, baião e coco, aproximou-se do universo do samba, tendo se tornado parceiro de artistas como Noca da Portela e Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, então membro do grupo Originais do Samba.
Com o músico e comediante, Salles foi apresentado a epicentros sambistas na cidade, como o Buraco Quente, na Mangueira, e o bloco Cacique de Ramos. Juntos, Mussum e Salles fundaram um bloco de Carnaval, o "Eles e Elas", em 1985, em Jacarepaguá.
Após décadas como compositor, Salles estreou como cantor em 1997, no álbum "Confissões". Em 2002, lançou outro disco, "Nordestino Carioca", seguido pelos discos "Forrozando" (2005), "Tá no Sangue e no Suor" (2007) e "O Bicho Pega" (2009).
Em seus trabalhos mais recentes, Salles releu a obra sambista de Sergio Sampaio (1947-1994) em "Sergio Samba Sampaio" (2013), no qual recebeu participações como as de Zeca Baleiro, Fagner e Zeca Pagodinho, e também homenageou o compositor pernambucano Rosil Cavalcanti, parceiro de Jackson do Pandeiro, em "Rosil do Brasil"
O artista, que em 2008 recebeu o título de cidadão honorário do Rio, preparava seu oitavo disco, "Samba Nordestino".
Salles também era um defensor da cultura do cordel, e era desde 2007 membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde ocupava a cadeira número 10.
Ele publicou mais de 30 trabalhos poéticos, como "Sivuca, Zabumba e Triângulo" e "O Homem da Bola de Ouro".
O artista também publicou obras infanto-juvenis voltadas a popularizar a literatura de cordel entre as novas gerações, como o livro "A Jararaca e o Jegue".
Rolando Boldrin recebe Chico Salles no programa "Sr. Brasil"
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