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terça-feira, 24 de outubro de 2017
Sem reforma da Previdência, governo pode suspender abono salarial, diz Meirelles
G1 Foto: Luísa Melo/G1)
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta terça-feira (24) que a suspensão do abono salarial é uma das medidas em estudo para conter os gastos do governo caso a reforma da Previdência não seja aprovada.
"Existe uma discussão teórica, porque o que está na mesa é a Reforma da Previdência. Agora, não há dúvida de que se por ventura não fosse aprovada a reforma da Previdência outras medidas teriam que ser tomadas, caso contrário, em alguns anos, o percentual do orçamento que passa a ser ocupado pela Previdência é cada vez maior tornando o governo em última análise inadiministrável", disse a jornalistas em São Paulo.
A declaração do ministro foi dada após evento com executivos promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil.
Meirelles acredita que a reforma da Previdência deve ser votada na segunda quinzena de novembro. Segundo o ministro, já é consenso que a reforma precisa ser feita e que, se não for aprovada neste ano, dificilmente será em 2018 por conta das eleições.
Ele apontou que, se a reforma não for aprovada neste ano, o próximo presidente já teria que começar o mandato em 2019 enfrentando o tema, o que favorece que a votação ocorra ainda em 2017.
"Acho que, em última análise, é interesse de todas as correntes políticas que têm expectativa de poder para 2019 que a reforma seja aprovada agora", disse.
Na apresentação, Meirelles voltou a afirmar que "o Brasil já saiu da pior recessão da sua história" e que o tamanho do Estado está dominuindo – e não apenas por meio das privatizações.
O ministro também disse que a reforma tributária é outra prioridade, mas que ela é "demorada e complicada" porque envolve governo federal, estados e municípios, além do Congresso. "A ideia é que essa será a próxima reforma importante depois da Previdência", disse.
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