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terça-feira, 21 de março de 2017
Projeto Indústria sem Fronteiras será lançado nesta terça-feira em MS
Foto:Divulgação
Com a presença do ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, lança, nesta terça-feira (21),ás 10h, no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o projeto Indústria sem Fronteiras, que busca atrair empreendimentos e investimentos de todo o Brasil para as cidades fronteiriças.
Na semana passada, o governador do departamento de Amambay (Paraguai), Pedro González Ramírez, e 15 prefeitos de municípios da região de fronteira de Mato Grosso do Sul e do país vizinho já assinaram termo de adesão ao projeto. Agora, no evento desta semana, o Indústria sem Fronteiras será apresentado aos empresários.
Segundo Sérgio Longen, o projeto será levado para todas as federações das indústrias do País, ou seja, os municípios de sul-mato-grossenses que aderiram terão seu nome divulgado para potenciais investidores de diversas regiões brasileiras. “Foi um primeiro contato muito positivo porque mostra que os prefeitos do Estado e os intendentes do Paraguai estão alinhados ao Indústria sem Fronteiras, o que fará toda diferença no produto, que visa dar oportunidade para que empresas brasileiras possam vir para o nosso Estado”, declarou.
Ele completa que os prefeitos estão ansiosos para atrair oportunidades aos seus municípios e, elas virão, pois, essas localidades serão apresentadas em todo o Brasil. “As empresas poderão conhecer as particularidades e vantagens de cada cidade, seja ela do lado sul-mato-grossense, seja do lado paraguaio. Isso fará a diferença para o desenvolvimento da nossa fronteira”, projetou.
O objetivo do Indústria Sem Fronteiras é fornecer informações ao empresário sobre as vantagens competitivas de implantar um empreendimento na região de fronteira, por meio dos mecanismos do Programa Fomentar Fronteiras, criado por meio do Decreto nº 14.090/2014, e da chamada Lei de Maquila, que preveem a isenção de impostos, além de apresentar a infraestrutura desses municípios fronteiriços, como a logística de transportes, custo da energia e água, mão de obra e, ainda, locais adequados para instalação do empreendimento. “É muito importante deixar claro que nosso objetivo é usar as ferramentas de integração do Fomentar Fronteiras com a Lei de Maquila e a ação dos prefeitos fará a diferença”, emendou o presidente da Fiems.
Parceiros
Entusiasta do Indústria sem Fronteiras, o representante do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai e diretor de promoção de investimentos da Rede de Investimentos e Exportações do Paraguai (Rediex), Carlos Paredes Astigarraga, afirma que o país vizinho está pronto para dar todo o suporte para o empresário interessado em se instalar ali. “Nossa base industrial ainda é nova e precisamos de empresários com expertise como a dos brasileiros. Hoje, nosso país tem toda uma base intercontinental de comércio global, uma aproximação com países europeus e isso faz com que, em média, 120 empresários nos procurem todos os meses para investir no Paraguai, e estamos prontos para dar todas as dicas e orientações para alcançar esses mercados”, afirmou.
O governador do Departamento de Amambay, Pedro González Ramírez, elencou as vantagens tributárias encontradas no Paraguai. “Lá se paga 1% de imposto, 0% importação de maquinários, por exemplo. As pessoas podem achar que estamos fazendo isso para tirar uma indústria do Brasil, mas queremos é fortalece-las. Porque com a crise de vocês, muitas empresas estão sobrevivendo e, aos poucos, quebrando. São muitos impostos. E as indústrias que instalaram uma filial lá nunca fecharam”, exemplificou.
Intendente de Salto Del Guairá, Carlos Cesar Haitter Cabrera elencou a proximidade geográfica e cultural entre o Paraguai e Brasil. “O empresário brasileiro só cogita instalar uma empresa no lado paraguaio porque, para ele, é como dirigir de um bairro a outro. Ele vai trabalhar lá, mas vai continuar morando no Brasil, e vai manter os filhos em uma escola brasileira, vai frequentar a mesma igreja, comer a mesma comida”, disse.
O prefeito de Ponta Porã, Helio Peluffo, cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, comentou que, diante da crise e desvantagens tributárias em relação ao Paraguai, é preciso criar formas de incentivar ao empresário a investir no lado brasileiro. “É um projeto muito interessante porque a fronteira pode se beneficiar muito com isso. A carga tributária é pesada do lado de cá, então é preciso ser criativo e encontrar mecanismos para se adequar a essa realidade, ao invés de perder uma indústria para o Paraguai”, comentou.
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