quarta-feira, 22 de março de 2017

‘O Brasil, neste momento, não acredita em quase nada’, diz FHC


Veja                         Foto:O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) (YASUYOSHI CHIBA/AFP)

Ex-presidente posta vídeo no Facebook criticando discussões sofre reforma político-eleitoral e afirma que ‘nossos partidos hoje vão muito mal das pernas’




O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta quarta-feira, em vídeo publicado em sua página no Facebook, que os partidos e os políticos “vão muito mal das pernas” e que “o Brasil, neste momento, não acredita em nada”.

O tucano postou o vídeo, de 2 minutos e 21 segundos, para criticar as discussões em andamento no Congresso Nacional sobre reforma política, principalmente em relação ao sistema eleitoral.

Nesta terça-feira, reportagem de VEJA mostrou que a adoção do modelo de lista fechada – no qual os eleitores votam em partidos, não em candidatos – é o favorito do relator da proposta de reforma eleitoral, Vicente Cândido (PT-SP), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Por este modelo, que valeria já nas eleições de 2018 e 2022, os partidos conquistariam um determinado número de vagas na Câmara de acordo com suas votações e indicariam quais políticos ocupariam esses lugares – na opinião de Maia, a lista seria pré-ordenada, ou seja, antes da eleição, os partidos já mostrariam a ordem de prioridade dos candidatos.

“E o povo vai votar em partidos? Quais? O povo nem sabe o nome dos partidos”, disse FHC, que afirmou que o melhor a fazer agora é votar propostas que já estão em andamento na Câmara e no Senado.

Ele citou duas. Uma delas é a proibição das coligações para eleições de deputados e vereadores. “Quando dois partidos se coligam, você não sabe em quem está votando. Você vota em um e elege outro”, afirmou o ex-presidente.

A outra proposta citada por ele é o veto a legendas que não conseguirem um mínimo de votos nos estados. “Um partido que não recebeu x votos em tal número de estados não vai ter representação na Câmara. Porque não é partido, tentou ser partido”, disse.

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