O triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória, neste domingo, revelou para a torcida do Palmeiras a capacidade técnica do goleiro Jailson. O jogador foi o destaque do Palmeiras e vibrou por ter correspondido às expectativas da comissão técnica no primeiro jogo que fez como titular neste ano. Já o treinador Cuca recordou Vagner, que perdeu a posição, e ofereceu os três pontos ao arqueiro reserva.
Jailson soube que seria titular do Palmeiras um dia após o empate por 1 a 1 com a Chapecoense. Vagner, que vinha de atuações irregulares, falhou diante dos catarinenses e foi preservado por Cuca para não sofrer com a pressão da torcida. Coube a goleiro de 35 anos, que nunca havia disputado um jogo de Série A na carreira, a tarefa de defender o gol alviverde contra o Vitória.
“Nada contra a Série B. Foi lá que o Ceará me revelou. Mas eu trabalhei para jogar numa Série A. Hoje estou muito feliz”, afirmou Jailson, sem perder o foco após o triunfo. “A torcida gostou, mas tenho que trabalhar. Vida de goleiro não é fácil. Um dia estamos no céu, mas no outro dia estamos no inferno. Tenho que manter os pés no chão”.
Com a atuação de destaque, o goleiro se tornou o novo substituto do lesionado Fernando Prass no restante do ano. Por ter se tornado titular num momento difícil para Vagner, Jailson disse que procurou falar com o companheiro antes do início do duelo. “Nós conversamos sempre. O Palmeiras tem excelentes goleiros, somos uma família. Todos respeitam o momento do outro, então temos que levantar a cabeça e dar conta do recado”, afirmou.
Cuca também abordou a situação de Vagner durante a entrevista coletiva que concedeu após o confronto. Ele disse ter pedido a palavra durante a oração dos jogadores no vestiário para dedicar a vitória ao goleiro reserva. Para o treinador, a opção de deixar o atleta no banco servirá para ele recuperar a confiança após as críticas que recebeu nas últimas semanas.
“Hoje tivemos um jogo em que é necessário ter também um goleiro que salve. E o Jailson foi muito bem. Ele tem 35 anos e foi o seu primeiro jogo de Série A. Eu, na oração, fiz questão de oferecer essa vitória para o Vagner, que é tão bom quanto o Jailson, mas não era o momento dele. Era o momento de preservar o Vagner”, afirmou Cuca.
“O comandante tem que tomar as decisões. Às vezes elas não agradam, mas, se você fala com o coração no futebol, corre o risco de não andar. É bom passar a razão na frente do coração. E foi o que fizemos com o Vagner e o Jailson”, concluiu o treinador.
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