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segunda-feira, 27 de junho de 2016
Entenda como o índice glicêmico das frutas afeta o organismo
O consumo de produtos naturais é imprescindível para quem busca uma alimentação saudável. Mas isso não significa que eles podem ser consumidos sem moderação. Para quem tem diabetes, por exemplo, o índice glicêmico das frutas deve ser bem monitorado. Quem explica é o nutricionista Breno da Silva Lozi.
“O índice glicêmico é definido a partir da comparação dos efeitos fisiológicos de alimentos contendo carboidratos, em relação à sua composição química”, explica o especialista. Essa taxa se relaciona com as respostas hormonais do corpo mediante a ingestão de determinados alimentos.
Como o índice glicêmico afeta o organismo
Os alimentos podem conter índice glicêmico (IG) alto ou baixo. Mas de que forma isso interfere no organismo? Lozi aponta que aqueles que os do primeiro grupo aceleram as flutuações de insulina e glicose no corpo. Como consequência, diminuem a sensação de saciedade – a fome volta mais rápido – e causam consumo calórico excessivo.
Já no caso dos alimentos do segundo grupo, com baixo IG, ocorre o processo oposto: a liberação de insulina e glicose é lenta e gradual na corrente sanguínea. Assim, proporcionam um aumento de oxidação da gordura, reduzem a lipogênese (síntese de ácidos graxos e triglicérides) e, consequentemente, aumentam a saciedade.
É importante ter atenção ao IG, pois o consumo de muitos alimentos – inclusive frutas – com índice elevado acaba acelerando o aumento as taxas de glicose no sangue e, eventualmente, pode levar a uma desregulação da glicose sérica. Esse problema é chamado de hiperglicemia.
“Ela ocorre quando o corpo possui pouca insulina produzida pelo pâncreas ou quando o corpo não consegue utilizar a insulina adequadamente. Neste quadro, são observados também altos níveis de açúcar na urina, vontade recorrente de urinar e, consequentemente, aumento da sede. É o caso dos portadores de Diabetes Mellitus do tipo 2”, sinaliza Lozi.
Por isso, o nutricionista sustenta que é importante manter uma alimentação balanceada e bem equilibrada. Os excessos sempre devem ser evitados, independente do alimento em questão. Essa é a melhor forma de evitar problemas.
Fique atento ao índice glicêmico das frutas
As frutas nem de longe são as principais vilãs da dieta – muito pelo contrário, são boas aliadas. Mas não se pode esquecer que elas também contém carboidratos em sua composição. Conforme aponta Lozi, as que contêm IG mais alto (acima de 70) são o abacaxi, a banana, a manga, a melancia, o mamão papaia e o melão.
Por isso, vale ter atenção às orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda a ingestão de cinco porções (o equivalente a 400 gramas) ao dia de frutas, legumes e verduras. “É o mínimo necessário para deixar o organismo resistente e protegido de doenças. Mas a quantidade ideal varia muito para cada indivíduo”, pondera o nutricionista.
A recomendação varia, justamente, de acordo com o sexo, a altura, o peso, o nível de atividade física e o fato de o indivíduo ser portador ou não de determinadas doenças. No caso dos diabéticos, segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, o plano alimentar deve ser rico em fibras, vitaminas e minerais.
O consumo de frutas fica em torno de duas a quatro porções, sendo que pelo menos uma delas precisa ser rica em vitamina C. Seguir essas dicas pode exigir algumas adaptações na dieta, mas o resultado para a sua saúde compensa.
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