sábado, 16 de abril de 2016

Primeiro deputado a votar, Abel Galinha promete surpresa a eleitores


FolhaPress

Primeiro deputado a votar, neste domingo (17), sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara, Abel Galinha (DEM-RR) sabe que os holofotes estarão todos sobre ele e disse que prepara uma "surpresa para o povo de Roraima" nos seus dez segundos ao microfone.

Seu voto não é surpresa: favorável ao afastamento de Dilma, como já havia anunciado nas redes sociais há menos de um mês.

"É um momento histórico que o Brasil está atravessando e eu tive o privilégio de ser de Roraima e ter esse nome", disse o deputado, que está em seu primeiro mandato na Câmara.

Abel Mesquita Jr., conhecido como Abel Galinha, será o primeiro porque seu Estado, Roraima, será o primeiro a votar. Dentro do bloco de cada Estado, a ordem é alfabética.

Por coincidência, ele seria o primeiro nome de 513 a ser chamado ao microfone mesmo se a ordem de toda a votação fosse alfabética ­algo que foi cogitado por alguns parlamentares.

O deputado por Roraima é dono de uma grande rede de postos de gasolina em seu Estado que leva seu nome. Na Câmara, é membro da Comissão Especial para Regulamentação de Postos de Combustíveis e da CPI da Funai e do Incra, entre outras.

Segundo o Portal da Transparência, sua rede de postos recebeu R$ 1,2 milhão do governo federal no último ano. Deste total, os maiores valores vieram da Polícia Federal (R$ 262 mil), do Ministério da Agricultura (R$ 257 mil) e da Funai (R$ 244 mil).

Começou na vida política em 2012 "a convite", segundo ele, quando concorreu e venceu a eleição para vereador em Roraima.

Abel Galinha foi eleito deputado federal pelo PDT em 2014, passou pelo PMB e se filiou ao DEM no mês passado.

O parlamentar justifica seu voto dizendo que Dilma cometeu "várias irregularidades". "E o povo não pode estar pagando pelas irregularidades das outras pessoas. O povo tem que ser contemplado com a Justiça."
Pela ordem, o último a votar será o deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), que ainda não declarou seu voto.
Pelo levantamento da Folha de S.Paulo, o placar já atingiu o mínimo de 342 votos necessários para a aprovação do pedido de impeachment.

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