Correio do Estado
A paralisação de agentes penitenciários, iniciada no domingo (20), surpreendeu o governo estadual e pode acelerar edital para contratação de 448 novos servidores. Esta é a principal reivindicação do sindicato da categoria.
Serviços de educação e visitas foram suspensos em operação padrão, conforme o Sindicato Estadual dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), por 96 horas em protesto a demora na abertura do edital para contratação de novos servidores. Outras demandas como nomeação de agente de carreira para a corregedoria, escolta e segurança de muralhas já haviam sido acordadas com o governo estadual.
Mesmo considerando legítima a reivindicação, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) justificou que houve diálogo prévio, porém seria impossível “mudar estrutura de sucateamento em um ano”.
O diretor-presidente da Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen), Ailton Stropa, ressaltou que “não entendemos o porquê da paralisação já que vários avanços foram constituídos”. Ele disse ainda aguarda a publicação do edital na terça-feira (22), a fim de ampliar o quadro de 1.442 agentes efetivos.
CONDIÇÃO IDEAL
Para cumprir determinação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o Estado teria que contratar ao menos 9.750 agentes para custodiar os atuais 14,5 mil detentos. Isso porque a proporção atual deixa o profissional vulnerável ao monitorar grupos de 60 presos, quando o ideal seria de apenas cinco.
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