quinta-feira, 28 de maio de 2015

Cai 30,7 número de fumantes em quase 10 anos no Brasil


G1

O número de fumantes caiu 30,7% no Brasil nos últimos nove anos, anunciou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (28) em Brasília. Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2014, serviço ligado à pasta, 10,8% da população no país é de fumantes. Em 2006, o índice chegava a 15,6%.

O governo tem como meta chegar a 9,1% de fumantes no país até 2020. Em 2013 e 2014, foram gastos R$ 41 milhões para a compra de medicamentos utilizados no tratamento contra o tabagismo.
De acordo com o estudo, o hábito de fumar é mais comum entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). O levantamento mostra ainda que 21% dos brasileiros se declaram ex-fumantes.

A faixa etária que mais consome cigarros é de pessoas entre 45 e 54 anos (13,2%). A que menos faz uso deles é a que vai dos 18 aos 24 anos (7,8%). A experimentação entre adolescentes de 13 a 15 anos caiu de 24,2%, em 2009, para 19,6%, em 2012.
A capital com o maior percentual de fumantes é Porto Alegre, com 16,4%. Em seguida vêm São Paulo e Curitiba. A com menos fumantes é São Luís, com 5,5%.

Campanha

O ministério também divulgou nesta quinta uma nova campanha contra o tabagismo. Ela traz o vermelho como cor principal e alerta a população sobre os danos causados pelo cigarro e derivados do tabaco. Ela será veiculada na internet, no rádio e em meios impressos.

Para o ministério, algumas medidas que ajudaram para a redução no número de fumantes foram a política de preços mínimos, proibição da propaganda de cigarro, proibição do fumo em ambientes fechados de uso coletivo, o aumento da taxação de maços e o aumento das advertências em embalagens.
No Brasil, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano, segundo o ministério. O tabaco também está relacionado a 90% dos casos de câncer de pulmão. Estima-se que 27.330 novos casos desse tipo de câncer devem surgir no país em 2015.

O cigarro ainda contribui para 25% das mortes por anginas e por infartos do miocárdio, 45% das mortes por infartos em pessoas com menos de 65 anos, 85% das mortes por bronquite crônica e enfisema pulmonar.

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